sábado, 31 de outubro de 2009
Uma novela de rádio
Exercício "A vida num dia"
Escoceses ministram Workshop de Dramaturgia
Chris Dolan e Fernando Bonassi
Com as presenças dos premiados diretores britânicos Chris Dolan e David Ian Neville, e do brasileiro Fernando Bonassi, teve início, ontem em Curitiba, o Workshop sobre Dramaturgia, evento organizado pelo Núcleo de Dramaturgia Sesi Paraná, em parceria com British Council.
No período da tarde, com a presença de 13 participantes, Dolan e Neville realizaram vários exercícios, falaram sobre suas experiências com dramaturgia na Escócia, comentaram sobre as dificuldades que lá também vivenciam e contaram como escrevem, produzem e dirigem textos dramatúrgicos para rádio. No período da noite, os escoceses participam com o autor brasileiro Fernando Bonassi da mesa-redonda "Autores Múltiplos: do teatro ao cinema, rádio e televisão". Os eventos aconteceram no auditório do Sesi Paraná em Curitiba.
Chris Dolan e David Ian Neville vão ministrar, hoje, do segundo encontro do Workshop de Dramaturgia, promovido com exclusividade para os participantes da Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia que é mantido pelo SESI Paraná com apoio do Teatro Guaira e do Britishi Council. A oficina de dramaturgia tem encontros quinzenais e é coordenada pelo premiado autor e diretor Roberto Alvim que nesta semana ganhou, em São Paulo, o prêmio BRAVO! Prime, como melhor montagem teatral com o espetáculo O QUARTO, de Harold Pinter, apresentado no final do ano passado na capital paulista. A coordenação do Núcleo de Dramaturgia é do autor e diretor Marcos Damaceno.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Raduan Nassar e Maria Esther Maciel no Projeto Brasis Leituras Plurais

A CAIXA Cultural Curitiba apresenta, na próxima quarta (dia 4), leituras dos textos de Raduan Nassar e Maria Esther Maciel, na edição de novembro do projeto Brasis Leituras Plurais. O músico Fabio Mazzon e os atores Eduardo Giacomini Martins, Fernando Eugênio de Proença e Elenize Meiry Dezgeniski atuam sob a mediação de Paulo Soethe e a direção de Olga Everan Carvalho Nenevê.
O projeto Brasis Leituras Plurais é um ciclo de leituras cujo foco é a palavra, a vocalização do texto à época em que foi escrito, inclusive com sotaques regionais, melodias e ritmos próprios. Para valorizar ainda mais a função auditiva todas as noites serão acompanhadas por um músico, um diretor teatral como maestro e um mediador para amealhar informações.
Raduan Nassar – O filósofo nasceu em Pindorama/SP, em 1935. “Menina a Caminho” (1960) foi sua estreia na literatura. Lançou o romance “Lavoura Arcaica” (1975). A novela “Um Copo de Cólera” (1970) só apareceria em 1978, quando o escritor já havia abandonado a literatura. Em 1984, depois de ter exercido diversas atividades, Raduan comprou a fazenda Lagoa do Sino e passou a se dedicar integralmente à produção rural, atividade que exerce até hoje.
Maria Esther Maciel – Poeta, ensaísta e ficcionista vive em Belo Horizonte. Compõe o corpo docente da UFMG e ocupou o cargo de pesquisador visitante na Universidade de Londres. Dentre suas obras estão: “Dos haveres do corpo” (1985), “As vertigens da lucidez: poesia e crítica em Octavio Paz ” (1995), “A dupla chama: amor e erotismo em Octavio Paz ” (1998), “Triz (1999), “Vôo Transverso: poesia, modernidade e fim do século XX” (1999), “A memória das coisas” (2004) e “O livro de Zenóbia” (2004).
Serviço:
Projeto Brasis Leituras Plurais: Textos de Raduan Nassar e Maria Esther Maciel
Local: Teatro da CAIXA
Endereço: Rua Conselheiro Laurindo, 280, Centro – Curitiba
Data: 04 de novembro de 2009
Horários: quarta 20h
Ingressos: 01 (um) livro não didático
Bilheteria: (41) 2118-5111 (de terça a sexta, das 12 às 19h, sábado e domingo, das 16 às 19h)
Classificação etária: Não recomendado para menores de 14 anos
Lotação máxima do teatro: 125 lugares (02 para cadeirantes)
www.caixa.gov.br/caixacultural
Laboratório de autoria - básico
Os participantes serão levados a exercitar e beneficiar-se da expressão escrita a partir de investigações de autoconhecimento, relacionamento interpessoal e histórias de vida. Fundamentada em teorias da Leitura, da Literatura, da Comunicação e da Psicologia Social, e utilizando técnicas da pesquisa qualitativa, da reportagem e do teatro, a orientadora promoverá releituras e estímulos inéditos para experiências criativas de escrita. O método utilizado permitirá ao próprio grupo decidir sobre as prioridades do processo de aprendizagem – que será construído, avaliado e redirecionado, se necessário, no decorrer do curso para atender às necessidades da maioria dos integrantes.
Coordenação:Joanita Ramos
- Jornalista (UFPR), com mais de 20 anos de experiência na escrita profissional de textos de diferentes características (jornalísticos, literários, empresariais e científicos), tendo atuado em organizações como Gazeta do Povo e Caixa Econômica Federal.
- Atriz profissional, com atuação em teatro e vídeo.
- Docente convidada da Academia Brasileira de Jornalismo Literário (ABJL).
- Membro da Sociedade Brasileira de Dinâmica dos Grupos (SBDG).
- Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná.
- Pesquisadora e consultora nas áreas de Leitura e Literatura, Dinâmica dos Grupos, Comunicação e Educação.
Período: terças e quintas, de 17 de novembro a 17 de dezembro, em duas opções de turno.
Diurno: das 13h30 às 16h30.
Noturno: das 19h às 22h.
Preço: R$ 390,00 à vista ou em duas parcelas sem acréscimo.
Consultoria individual complementar (opcional): R$ 80,00, sendo uma hora dedicada à análise em profundidade do(s) texto(s) do participante e outra à apresentação de feedback particular.
Requisitos: ensino médio, completo ou não, e interesse em aperfeiçoar a expressão escrita, aprimorando simultaneamente as relações interpessoais.
Local: Núcleo de Psicologia Clínica
R. Pe Anchieta, 164
fone 3079-5596 3232 6185
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Roberto Alvim ganha o prêmio BRAVO! Prime de Cultura


"O Brasil é o país dos festivais e para BRAVO! é uma alegria e um desafio fazer a crônica dessas revoluções". Foi com essa frase, dita pelo presidente-executivo da editora Abril, Jairo Mendes Leal, que foi aberta a cerimônia do 5º prêmio BRAVO! Prime de Cultura, com o patrocínio do Bradesco Prime e apoio da CPFL Energia e da Claro. O evento aconteceu nesta segunda-feira, 26 de outubro, e foi realizado na Sala São Paulo, com a presença de grandes nomes da cultura do pais, como Chico Buarque, Selton Mello, Milton Hatoum e Danilo Santos de Miranda.
Como no ano anterior, a festa da entrega foi apresentada pelo bem-humorado ator Lázaro Ramos. As apresentações artísticas principiaram com a presença do cantor e compositor Tom Zé, que subiu ao palco com uma meia no rosto. "Eu sou Tom Zé, não é um assalto ainda", disse, arrancando risadas do público. A piada deu seqüência a uma série de divertidas apresentações, com músicas que lembravam a Era dos Festivais, tema do prêmio esse ano. O primeiro número do cantor foi uma paródia de sua própria composição, "São, São Paulo Meu Amor", vencedora da quarta edição do Festival da TV Record, em 1968. "Saí de casa a rigor na esperança de um prêmio BRAVO! e agora vem um cantor" e "antes dessa opereta, me dá logo a estatueta" foram alguns dos versos que alegraram os ansiosos concorrentes das diversas categorias do prêmio.
Chico Buarque foi o vencedor na categoria literatura e seu prêmio foi entregue pelo autor de Cinzas do Norte, Milton Hatoum, a quem abraçou fortemente antes de receber a estatueta. A cena da dupla de escritores sorridentes repetiu a dobradinha de sucesso vista na edição do Festival de Literatura de Parati (FLIP) desse ano, na qual dividiram uma concorrida mesa. O compositor, músico e também escritor dedicou o prêmio a Hatoum, seu amigo, e deixou o palco após abraçar o apresentador Lázaro Ramos, que não perdeu a oportunidadde de exclamar: "Sou seu fã, Chico!". Em homenagem ao premiado, a apresentação seguinte teve um pout-pourri dos primeiros lugares do festival de 1967, Ponteio (Edu Lobo), Roda Viva (Chico Buarque), Domingo no Parque (Gilberto Gil) e Alegria, Alegria (Caetano Veloso), interpretados pela cantora Andréia Dias, acompanhada de uma orquestra de 12 músicos e um regente.
O bom-humor e a animação marcaram toda a festa. Destaque para Jair Rodrigues que, em plena forma aos 70 anos, sambou e cantou ao lado de Lázaro Ramos "O samba da minha terra", do baiano Dorival Caymmi, e chegou a pegar Chico Buarque no colo depois da foto com todos os vencedores. Selton Mello, eleito Artista Prime do Ano pelo júri popular, depois de abraçar fortemente o irmão Danton Mello subiu ao palco e fez um divertido discurso, no qual agradeceu "a indústria farmacêutica e a psicanálise". Com uma folha de papel sacada do bolso, o ator leu citações de cada um de seus concorrentes na categoria. Arrancou aplausos da platéia ao citar Nelson Freire, Ferreira Gullar, Chico Buarque e Fernanda Montenegro, esta tendo dito que "viveu sem tempos mortos" - menção à peça de teatro que encenou esse ano, no papel da filósofa Simone de Beauvoir.
Na categoria Teatro, cujo prêmio foi entregue pelo parlapatão Hugo Possolo, o vencedor foi Roberto Alvim, pela peça "O Quarto". "É inacreditável", disse no momento da entrega. "Só a indicação já é um prêmio. São três espetáculos escolhidos numa cidade com uma forte cena teatral", afirmou. Nos agradecimentos, incluiu sua mulher, a atriz integrante do elenco Juliana Galdino.
O cinema foi bem representado por Terra Vermelha, uma produção que, embora pouco exibida nas salas nacionais, fez uma grande carreira por festivais. O produtor Fabiano Goulani e o roteirista Luiz Bolognesi receberam o troféu no lugar do diretor Marco Bechis. O filme é fruto de anos de pesquisas entre a comunidade dos índios de Dourados (MS). "Esse filme é Guarani-kaiowá e amplifica o sofrido canto desse povo", disseram. Bolognesi chegou a lembrar a cena em que cinco atores índios atravessaram o tapete vermelho do festival de cinema de Cannes. "Quatro deles estavam entrando num cinema pela primeira vez", disse o roteirista. "Chorei porque na semana seguinte eles iam pegar um caminhão e cortar cana nas fazendas de quem matou seus pais e seus irmãos", arrematou, concluindo com um convite para que o público conhecesse o filme.
Duas grandes cantoras abocanharam os prêmios de melhor CD e DVD. Balagandãs, de Ná Ozetti, é uma homenagem da cantora à intérprete Carmen Miranda. O prêmio foi entregue pelas mãos de Tom Zé com quase todos os músicos no palco. Fernanda Takai recebeu pelo DVD Luz Negra o troféu das mãos da cantora baiana Daniela Mercury. "Minha filha de seis anos sempre reclama das viagens e diz que não quer ser cantora porque tem de viajar muito. Dessa vez posso dizer que foi por um bom motivo", disse, apontando a estatueta.
Danilo Santos de Miranda, diretor do SESC São Paulo, subiu pela segunda vez ao palco do prêmio (em 2007 o SESC foi eleito a Melhor Programação Cultural) para ser eleito Personalidade Cultural do ano. O premiado reiterou seu compromisso com a cultura: "Ela é a única saída efetiva que temos para transformar nosso país num lugar melhor para todos". Ele recebeu o troféu das mãos do presidente de energia da CPFL, Augusto Rodrigues, que o anunciou como "ministro da cultura permanente do país".
Nas Artes Plásticas, o vencedor foi o artista plástico e também escritor - ele concorria também na categoria literatura com seu livro Ó - Nuno Ramos, pela instalação Mar Morto. O prêmio de música erudita ficou com Rosana Lanzelotte e Ricardo Kanji por Neukomm no Brasil. Jairo Mendes Leal voltou ao palco para agraciar o Instituto Moreira Salles como a melhor programação cultural do ano. Na categoria Dança, o prêmio foi entregue pela coreógrafa, diretora e produtora artística Dalal Achcar, fundadora da Associação de Ballet do Rio de Janeiro a Bruno Beltrão, do Grupo de Rua de Niterói, por H3.
Após a entrega do Prêmio de melhor artista Prime, Andréia Dias, Jair Rodrigues e Tom Zé voltaram ao palco para uma grande festa ao som de A Banda, de Chico Buarque. Como dizia a letra, a marcha alegre se espalhou e o público todo cantou junto no encerramento de uma das edições mais animadas da premiação.
Roberto Alvim, vencedor na categoria Teatro pela peça "O Quarto":
"Minha sensação foi de torpor. Achei de muita coragem o júri ter premiado
uma peça considerada difícil e até hermética por alguns".
Veja fotos da entrega do prêmio BRAVO! Prime
http://bravonline.abril.com.br/conteudo/assunto/5-premio-bravo-prime-cultura-508476.shtml
Veja as fotos da entrega do prêmio BRAVO! Prime na revista CONTIGO
http://contigo.abril.com.br/foto/evento/5-premio-bravo-prime-de-cultura-508468.shtml?ft=13p
Leia matéria sobre O QUARTO publicada na revista BRAVO! em novembro de 2008
http://bravonline.abril.com.br/conteudo/teatroedanca/teatroedancamateria_397843.shtml?pagina=1
Leia críticas sobre O QUARTO que foram publicadas no site da revista BACANTE e as respostas que o próprio Roberto Alvim deu no ano passado, logo após a estréia do espetáculo que foi ganhador do prêmio BRAVO! Prime, este ano.
http://www.bacante.com.br/revista/critica/o-quarto/comment-page-1#comment-2620
Eu deixei meu comentário lá e reproduzo aqui: