Nosso "Messias Flex" vai para a rua comandar a massa. Antes do gole, uma pro santo! |
A despedida de Lula na TV tem, para mim, aquele mesmo sentido de certos filmes que, quando terminam, dão a impressão de que voltarão em outros filmes, criando assim as famosas séries. Tubarão foi um desses filmes. Depois veio Duro de Matar. O tom messiânico de Lula, na parte final de sua fala indica isso. Ele disse: onde houver uma mãe e um pai com desesperança quero que minha lembrança lhes traga um pouco de conforto, onde houver um jovem que queira sonhar grande, peço-lhe que olhe a minha história e veja que na vida nada é impossível. Colocar-se, assim, como um Novo Messias, para mim, é demais! Lula, após o Mensalão, quando livrou-se de ser cassado pela omissão da oposição claudicante e imbecil, aproveitou o tempo da sua quaresma política para renascer e se transformar - com a maior cara de pau - não mais e tão somente no Pai do Povo, nem no Salvador da Pátria, mas no Mestre de Todas as Caras e Poderes, o Messias Flex, tocado pelo combustível de uma aprovação recorde, do pré-sal, da cachaça mesmo e da ilusão que ele tem de se transformar, daqui a poucos dias, no mais execrável e mais aplaudido dos ex-presidentes. Se preparem, vem aí: Lula II -O retorno do pai eterno.
Na Folha de São Paulo, no blog do Josias de Souza, mandei esse comentário sobre a despedida lulista. Vai:
Lula, nosso Messias Flex, despediu-se na TV, no horário gratuito. Agora, como disse que será um homem comum, nas ruas, vai ter espaço gratuito para exercer sua megalomania, onde? Ou será que os jornais vão pautar cada passo do ex-presidente na mesma intensidade que faziam quando Lula era apenas o presidente de um sindicato de metalúrgicos que não conhecia a dimensão da "gula" lulista pelo poder e a glória. Lula sai do governo como nosso "Messias Flex" mesmo. Sim, aquele que é movido pela aprovação recorde, pelo pré-sal, pela cachaça e pela certeza que ele tem de que sucederá Dilma, não pela possível incapacidade que ela terá de tocar um "PAC real" chamado Brasil, mas pelo seu simples desaparecimento, quer político, quer físico. Lula fará de tudo para não permitir que Temer e o sempre presente PMDB comandem o País. E será, assim, nas ruas, que ele pretende voltar, caso Dilma não dê conta do recado. Lula preparará seu retorno a partir do dia 1 de janeiro. Nas ruas, ao lado do povo. Como Deus!
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