sexta-feira, 23 de março de 2012

Um Brasil muito triste com a morte do Chico Anysio

Faleceu hoje, no Rio de Janeiro, o humorista Chico Anysio. O Brasil, hoje, vai ficar mais triste com seu desaparecimento.
Chico Anysio, para mim, foi um gênio do humor. E eu tive a sorte de assistir a um de seus espetáculos de teatro.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Oficina de Encenação divulga lista de atores e diretores aprovados

O Núcleo de Dramaturgia SESI PR e o Teatro Guaira, divulgaram a lista dos selecionados para vagas na Oficina de Encenação - diretores e atores.

Foram inscritos 46 interessados para as 15 vagas da oficina de direção e 109 inscritos para as 20 vagas da oficina de atores.

Os organizadores informam que em caso de algum selecionado desistir de participar da oficina, será chamado outro candidato melhor avaliado. Os critérios de avaliação consideraram experiência na área comprovada.

Os selecionados para as vagas na Oficina de Encenação - Diretores são:


1- Gerson de Andrade
2- Jean Carlos de Godói
3- Otávio Linhares
4- Anidria Stadler
5- Franklin Albuquerque
6- Guto Paskos
7- Nika Braun
8- Pedro Henrique
9- Luiz Barotto
10- Nathan Gualda
11- Vivian Schmitz
12- Eliane Karas
13- Pretto
14- Nehru Moreira
15- Hyago de Lion

Os selecionados para as vagas na Oficina de Encenação - Atores são:


1- Marcel Gritten
2- Murilo Lazarin
3- Bruno Mancuso
4- Luiz S. Malheiros
5- Paulo Marques
6- Thadeu Peroni
7- Kenni Rogers
8- Patrícia Kamis
9- Pagu Leal
10- Viviane Gazotto
11- Raquel Schendler
12- Janja
13- Sheila Foltran
14- Jaqueline Lira
15- Daphne Garcez
16- Débora Vecchi
17- Guenia Lemos
18- Claudia Souza
19- Rúbia Romani
20- Hortência Labia


Os selecionados deverão realizar, agora, suas matrículas e até o dia 30 de março próximo. As informações para matrícula e outros procedimentos serão enviadas por e-mails aos selecionados até amanhã, dia 22 de março. Em caso de não recebimento do e-mail, os interessados deverão ligar para o número 3271 9843.

As informações foram fornecidas por Janaína Coelho Adão, responsável pelo Núcleo de Dramaturgia SESI PR - Teatro Guaira e por Diego Marchioro, produtor do Núcleo e por Roberto Alvim, coordenador de conteúdo do Núcleo.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Antropofagia em "1o. Movimento", no Coletivo Pequenos Conteúdos - TUC


A Companhia CafécomLeite participa  participa do Coletivo de Pequenos Conteúdos, no TUC, de 29 de março a 2 de abril com o texto "1o. Movimento", que integra a peça “A refeição”, de Newton Moreno. “1º Movimento” apresenta a tormenta de um casal cúmplice, antropofágico, que se submete a desejos incalculáveis.

Em situação de tédio, riso, desespero, melisma, amor, agressividade, “1º Movimento” apresenta este casal sedutor que tomados pela entrega e confiança no outro se deparam em delicada situação: depois de uma imersão em uma brincadeira sem limites ela acaba com o dedo arrancado por ele.

O texto "1o. Movimento" - primeiro quadro da peça "A refeição" de Newton Moreno, apresenta a descrição do cenário, personagens e ações: Sala de hospital. Moça sozinha. Parece nervosa. Tem a mão esquerda enfaixada até a altura do pulso. Olha tudo com espanto e surpresa. Entra um rapaz, a moça afasta-se dele, querendo evitar contato. Senta-se mais distante.

Dias: 29/03 - 16h; 30/03 - 22h; 31/03 - 13h; 01/04 - 19h e 02/04 - 16h.

R$20,00 / R$10,00

Ficha técnica

1º Movimento
Figurino, iluminação, cenário: Companhia CafécomLeite
Atuação: Gizáh Ferreira e Kenni Rogers 

Coletivo de Pequenos Conteúdos 
TUC - Galeria Julio Moreira, Largo da Ordem, Curitiba

Companhia CafécomLeite
Ailén Roberto, Giuliano Bilek, Gizáh Ferreira, Kenni Rogers e Paulo Rosa

Mais sobre "1o. Movimento" e o Festival de Curitiba, clique aqui.

Monólogo “Ana” revela faces de uma rainha, amante, mulher


Márcia Mendonça em "Ana"
"Ana" é a história ficcional da rainha Ana Bolena

A história ficcional dos “momentos de morte” de Ana Bolena, rainha da Inglaterra executada, em 1536, por ordem de seu marido, Henrique VIII, será contada no monólogo “Ana”, adaptada, produzida, dirigida e interpretada por Márcia Mendonça que será apresentado na Sala Londrina, dias 6, 7 e 8 de abril, na programação do Fringe, no Festival de Curitiba. 

Acusada de adultério, incesto e bruxaria, Ana empreende uma viagem por sua pequena vida mergulhando nas profundezas de sua alma, imersa no medo do desconhecido que a espera. O último suspiro. A última palavra. O último pensamento. Não há tempo para frente. Não há mudanças para trás. Ser o “SER” que se constata a cada instante, que se desvenda que se quer, ou não, “SER”. Na eminência, no medo da morte, a resistência à inércia, a luta pelo pensar contra o instinto de desistir. A Bruxa? A Santa? Quem você poderá encontrar? 

“Ana” foi adaptada por Márcia Mendonça a partir do original “Ann”, de David Turner. A atriz e produtora dirigiu, entre 1997 e 2002, em São Paulo, a Cia. CincoINCena e retoma a cena, a pesquisa e, sobretudo, o estudo da integração entre as ciências humanas e todas as dimensões do Teatro. “Ana” é um relato humano sobre a morte, a vida e o feminino. 


Questões do “ser” e de ser mulher 


Ancestralidade, astros, arquétipos, complexos, educação, ambiente, cartadas da vida? Tudo isso junto? 

“Pode ser, porém, o fato é que muitas de nós temos facilmente nos deixado “coroar pelo animus”. Então nos figuramos das mais diversas formas para não enfrentar a difícil missão de não nos deixarmos dominar por ele. Vestimo-nos de mães, de amantes, de executivas, de militantes, de ecologistas, de naturalistas, de intelectuais, e tudo isso parece ser mais interessante e indiscutivelmente mais fácil de ser, do que ser Mulher. Estamos sempre insatisfeitas, pela metade, sempre está faltando uma parte de nós, ou em nós”, revela Márcia Mendonça. 

A produtora, que dirige e interpreta fala sobre o “ser” e ser mulher. Diz ela: “Talvez porque não haja ciência, nem tão pouca direção para isso. Somos multifacetadas, confusas, sentimentais, guerreiras, frágeis, resistentes, somos dialéticas, mesmo em momentos de aparente equilíbrio. Um vale a ser preenchido, um espaço oco que ressoa em nossa alma em forma de ilusão, mágoa e ansiedade, enquanto esperamos que nossa Mulher seja desvendada pelo outro”. 


Um presente na forma de descoberta 


A diretora conta que o desafio de produzir e interpretar Ana Bolena no monólogo “Ana” surgiu no ano passado quando ela completou 40 anos. E diz: 

“Este trabalho é um dos meus presentes de aniversário. Voltar a estudar é outro. Coisas que tem a ver com a metade da vida e a revisão que muitos de nós costumamos fazer neste momento. Afinal, para que jogar uma vida toda na mão de um só se somos muitos, e podemos vivê-los em ascensão, até minimamente nos aproximarmos de um rascunho de totalidade ou individuação?” 

Márcia Mendonça comenta que aceitou para si o desafio de buscar entender “esta misteriosa coisa que é a vida” e tentar descobrir no mistério “onde estaria a minha Mulher”? Para ela, de repente, o que antes era um orgulho, dizer que “eu era quase um homem passou-me causar angústia, vergonha e aprisionamento”. 

Foi assim que buscou o desafio de entender-se um pouco mais e viu na personagem histórica de Ana Bolena, a oportunidade de pesquisar a psique da rainha que foi decapitada, e transformar toda esta matéria prima em obra teatral. Isso, segundo comentou, a fez promover a descoberta de sua “própria Mulher, mais do que com o meu retorno ao Teatro, que é apenas um tentáculo de tudo isso”. 

Segundo Márcia Mendonça, “Ana Bolena, foi uma contraditória, pois bem, foi essencialmente Mulher. Viveu suas contradições plenamente. Uma mulher poderosa, num mundo de Homens. Ela teve sede como qualquer uma de nós e se perdeu. Mas, se há algo em comum entre todas nós, é que sede. E tomando a liberdade do plágio: - Você! Tem sede de que?” 

A história ficcional de Ana Bolena se dá, no palco, em três planos: Tomada de Consciência (Inconsciente), jornada ao self; Presente (véspera de sua morte na Torre de Londres) e o Passado (as lembranças). “Ana”, como conta a diretora e atriz, é o resultado de uma experiência de 18 anos de teatro, no palco, na direção, em pesquisas e estudos diversos. 

Ficha técnica

Texto Original: David Turner
Tradução: Lhoyane Oliveira
Outras Traduções: Silvia M. Bellintani.
Adaptação Dramaturgia: Márcia Mendonça
Direção e Interpretação: Márcia Mendonça
Iluminação: Eduardo Albergaria
Designer Gráfico: David Galasse
Designer de som: Paulo Marquezini
Figurino: Márcia Mendonça e Maria Célia Matt
Cenografia: Márcia Mendonça
Apoio na produção local e assessoria de imprensa: Rogério Viana


Sala Londrina – Memorial de Curitiba

Dia 6 de abril, às 16h00; 7 de abril, às 19h00 e 8 de abril, às 16h00.



Mais sobre a montagem de "ANA", o FRINGE e o Festival de Curitiba, clique aqui.