sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Boi de piranha... E o boi mais gordo?

O boi servido como
antepasto para as piranhas
é um boi magrinho

O Arruda é o primeiro boi de piranha da corrupta política brasileira. E o resto da boiada? Vai passar sem nenhum arranhão? Será que o boi mais gordo vai passar a vau?

Mandaram servir de antepasto para as exigentes piranhas, um boi magrinho, quase esquelético. Um boi que não fará mal nenhum para o rebanho daqueles bois de fome incontrolável e que adoram pastejar no capim do vizinho ou na fazenda da pátria mãe.


Família em três tempos – Fábulas com um pé na irrealidade

Três tempos, três famílias, um só destino: Brasília

Evilásio levantava às 4h00 e, antes da 7h00 já estava na porta da fábrica, na fila para bater o cartão ponto. Isso, há 15 anos. Sem perder um dia só de trabalho. Sem tirar férias – vendia para comprar tijolos, cimento, cal. A casa, aos poucos ia ficando maior e a família também. Já tinha três filhos. Dois deles, assim como seus cunhados, dois irmãos, o sogro, seu pai, três tios e vários sobrinhos, eram todos operários. Metalúrgicos, sim senhor. O menorzinho, aquele que vivia no mundo da lua, queria ser artista. Gostava de ouvir rádio. Já ouvira falar em teatro, mas nunca havia assistido a uma peça. No velho televisor que vivia cheio de fantasmas, ele assistia às primeiras novelas da TV brasileira. O rádio, sempre presente, inundava a cabeça dele com imagens e belas vozes.

Ernesto levantava um pouco mais tarde. Morava perto da fábrica, numa favela. Bem pertinho das 7h00 já estava na fila pronto para bater o ponto. O mais novo de seis irmãos e quatro irmãs, eles operários, metalúrgicos, sim senhor. Elas, uma desempregada, as outras quase casadas com metalúrgicos. De outras fábricas. Sua família viera do Nordeste há 20 anos. Ele tinha morado em Santos. Vendia quebra-queixo e cocada nas beiradas do porto, na orla, de vez em quando. Não gostava de rádio, mas adorava ouvir os estivadores conversando. Quando falavam em “comunismo”, ele logo achava um jeito de ficar mais atento. Levou algumas palavras de ordem para a metalúrgica. Com menos de 30 anos, deixou o batente pesado e virou diretor do seu sindicato.

Eduardo levantava cedo. A mãe nem precisava acordá-lo. O pai, quase sempre, já estava a caminho da roça para o trabalho com a plantação. Algumas vezes pegava carona na carroça do pai que o deixava próximo da rua da escola. Outras vezes, ia a pé mesmo. Com chuva, o sol da manhã, ou aquela neblina gelada que o deixava com o rosto vermelho e molhado. A professora via que ele era um menino diferente. Ah, logo aos 10 anos teve que usar óculos. Vivia copiando errado as lições no caderno. Um primo distante, certa vez lhe deu uma coleção de livros. O título “A História Sincera da República”. Leu tudo, devorou tudo. A miopia aumentava a cada ano, na mesma proporção que aumentavam suas notas e os livros lidos.

Trinta anos depois, Eduardo, com uma brilhante carreira de advogado, depois promotor obstinado, tinha sido nomeado procurador da república. Não admitia nada que não fosse o justo, o correto, o legítimo e verdadeiro. O bem público acima de tudo.

Ernesto, no mesmo tempo, tinha transformado sua luta e seus sonhos numa heroica aventura. Dos grotões do seu Nordeste, aos mais altos cargos do seu sindicato, depois do partido que ajudou a nascer. Agora, ele era o maior mandatário do país. Milhões de votos o levaram a Brasília.

Na porta do teatro, pela primeira vez, Evilásio segurava o convite para participar da entrega de prêmio para as melhores produções do teatro de São Paulo. A família toda o intimara para ir prestigiar o Júnior, indicado para o prêmio de melhor diretor de teatro da capital.

Eduardo chamou seu assistente na Procuradoria Geral da República. O que escrevera era inédito. Pedia a prisão do Presidente da República. Tantos crimes, tantos crimes. Pedia justiça. Pela lei.

Atônito, Evilásio nem percebera que seu menino havia ganho o prêmio de melhor diretor de teatro de São Paulo. Recebeu um forte abraço do Júnior. Ali, seu sonho virava realidade. Júnior vencera.

A notícia era esperada na ampla sala daquele simbólico palácio. Era prisão mesmo. Não havia escapatória, subterfúgios, mentiras. Assinou a carta de renúncia. Ernesto saiu pela porta dos fundos.

Chegando em casa, Evilásio viu na TV a notícia que seu amigo de fábrica havia renunciado. Nunca ouvira falar naquele procurador corajoso que resolvera pedir a prisão do Presidente da República. Que homem corajoso, esse doutor Eduardo! E falou para dois netos, adolescentes que o acompanhavam diante da televisão: Eu sabia, eu sabia que esse baixinho não ia sair bem de tudo o que aprontou ao longo dos últimos 30 anos. Ainda bem que eu votei nele só uma vez! Se arrependimento matasse...


Rogério Viana

(diante do noticiário da prisão do Governador Arruda, do Distrito Federal)

Intensos trabalhos em Paris: Leminski em cena

Brasileiros e franceses estudam intensamente
a obra de Leminski em Paris: haja hoje p/ tanto hontem

A poesia do Leminski foi mesmo premonitória, desafiadora:

haja hoje p/ tanto hontem

O tanto que ele produziu ontem precisaria de muito mais tempo para ser estudado num simples hoje. Assim, haja muitas horas hoje - mais de 153 horas - apenas para dar conta de um segundo que se passou, ontem, na cabeça desse "cachorro louco", "polaco nagô".

E no fim de tanto trabalho, ele riria muito e poderia dizer: Nem me decifrar, nem me traduzir, nem...


Leiam o "post" de Nadja Naira de ontem:
11.02 Dias intensos de trabalho. Estamos a 3 dias enfiados dentro do teatro das 10h da manhã às 17h da tarde em plena atividade criativa.
Os franceses têm estudado muito sobre o Leminski e cada dia aparecem com propostas novas e muito interessantes. A maravilha da internet e da pesquisa virtual tem os ajudado muito, tem servido de material para a nossa pesquisa. Podemos ver vídeos, ler qualquer poema, ouvir todas as canções.
Aliás a música está muito presente neste trabalho e em cada nova proposta cênica ela está lá. Parece que em Leminski, tudo acaba não apenas em poesia, mas em música também. É incrível o que se pode fazer com um violão!!
Levantamos muitas cenas, investigamos muitas possibilidades de traduções e simultaneidades das línguas. Criamos diversas possibilidades de dizer o mesmo poema. Os haicais ganham formas novas a cada nova tentativa. O material, a forma, mole, dura ou seca está muito viva!!
Agora partimos para um roteiro de cenas para formar distraidamente nosso evento.

** Esta semana recebemos a visita do Francisco Moura, outro ator/diretor curitibano, que conviveu com o Paulo Leminski nas suas empreitadas no antigo Teatro 13 de maio em Curitiba, quando P.L. convida amigos e personalidades para dividar a cena em entrevistas e happenings.
Colaboração valiosa!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Tragédia latinoamericana

Parece piada, poderia ser cômico, se não fosse trágico!

O ator, diretor e produtor de teatro, o paranaense José Scavazini que mora em São Paulo enviou-me o texto abaixo e é, para mim, um resumo da tragédia latinoamericana e que, infelizmente, parece atrair tanta gente. Seria mesmo muito cômico se não fosse trágico.

Em tempos de carnaval, então vai este diálogo que de surreal não tem nada:

En Caracas, un niño regresa de la escuela a su casa, cansado y faminto y le pregunta a su mamá
- Mamá, que hay de comer?
- Nada, mi hijo.
-El niño mira hacia el papagayo que tienen y pregunta:
- Mamá, por qué no papagayo con arroz?
- No hay arroz.
- Y papagayo al horno?
- No hay gas.
- Y papagayo en la parrilla eléctrica?
- No hay electricidad.
- Y papagayo frito?
- No hay aceite.
El papagayo contentísimo gritó:
PUTA QUE LO PARIÓ,
VIVA CHAVES!!!

No Brasil, quem será o papagaio do Lula?

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A turma (avançada) de dramaturgia - Um comentário

O Marcos Damaceno, coordenador do Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná divulgou, nesta madrugada, um e-mail para os integrantes das duas turmas que concluíram o primeiro estágio ou etapa da Oficina de Dramaturgia com o Roberto Alvim, de abril a dezembro do ano passado.

Como eu havia adiantado no meu post de ontem (está logo aí abaixo inserido na informação sobre a nova turma que será formada a partir de 13 de abril de 2010) haverá, sim, uma "seleção" entre os que manifestarem interesse em "continuar" ou "participar" do segundo ano da oficina, desde que, o número de "interessados" ultrapasse o número de 20 (vinte).

Vamos, então, ao texto do Damaceno e, depois, farei algumas considerações sobre como poderá ser o processo de "seleção" que ficará a cargo do Roberto Alvim, o que eu chamo agora, de o "Senhor dos Nossos Destinos", aquele que vai "chancelar" com um "carimbo" os que ele considera "aspirantes a dramaturgos", "quase dramaturgos", "dramaturgos, sim senhor" ou, na pior hipótese "dramaturgos, não mesmo!".

(do e-mail do Marcos Damaceno, que colo aqui)

Caros,
A turma avançada (ainda tenho dúvidas sobre este termo) terá encontros no período da noite.
As datas do primeiro trimestre são:
13 e 27 de abril
11 e 25 de maio
8 e 22 de junho
Peço a todos que me retornem o e-mail, manifestando o interesse ou não em continuar como integrante do Núcleo, até o dia 20/02 .

Caso o número de interessados seja muito superior a 20 haverá uma seleção definida pelo Alvim.
Por isso peço aos interessados em continuar que considerem a disponibilidade efetiva na participação/presença.

Todos nós sabemos que qualquer jogo só pode ser jogado se, antes, forem divulgadas as regras para tal jogo acontecer. Sem regras, mínimas que sejam, o jogo vai desagradar, sempre, quem se sentir prejudicado pelo seu andamento. Nas antigas peladas de futebol, havia uma regra básica: 10 vira, 20 acaba. O que significava que a equipe que marcasse os primeiros 10 gols virava o lado do campo e, quem fizesse 20 gols ganhava o jogo. Podia ser 20 a 19, ou, antes da virada, 10 a 0. Quem fizesse os 20 gols finais, ganhava o jogo. É uma regra simples e objetiva.

Quem participou das duas turmas - a da tarde e a da noite - sabe muito bem que, nas duas, havia um total de 37 inscritos (ou 38, no máximo). Durante os primeiros encontros já aconteceram algumas desistências. Quem não se adaptou bem ao jogo que a dramaturgia mostrada pelo Alvim desafiava. Mais na frente, depois de mais uns meses, outros participantes saíram do jogo. Na virada do jogo, digo, na virada do semestre, os 37 (ou 38) iniciais caíram para uns 32 (ou 33) e, no final do jogo o placar assinalava que foi de 27 (ou 28) participantes que receberam os certificados de conclusão da primeira turma da Oficina de Dramaturgia com o Roberto Alvim.

O Alvim parece não ter lamentado muito com a ausência dos que deixaram o campo durante a partida, digo, deixaram o espaço do palco do teatro José Maria Santos e não participaram mais dos encontros da Oficina de Dramaturgia.

Quem continuou, quem se empenhou, quem participou de todos os eventos promovidos pelo Núcleo de Dramaturgia - as várias palestras e as várias oficinas que completaram a formação/informação dos participantes do Núcleo de Dramaturgia - teve, pois um interesse "óbvio". Estava ali, participando, por ter interesse. Não queria sair do jogo. Queria ir até o fim. Queria ter melhores informações e delas fazer sua formação no tema da dramaturgia.

Nos instantes finais do jogo - os quase 9 meses de participação das duas turmas da Oficina de Dramaturgia - os participantes e interessados entregaram, oficialmente e até mediante contratos de cessão de direitos autorais para o SESI Paraná, os textos que produziram e que foram trabalhados com a precisa e atenta leitura do Roberto Alvim. Depois de todos os textos terem sido entregues, nos momentos finais do jogo (naquela festa de confraternização após o último encontro das duas turmas), o Damaceno, a Anna Zétola e o Roberto Alvim anunciaram, divulgariam - no site do Núcleo de Dramaturgia -, o resultado do jogo, digo, da Oficina de Dramaturgia, melhor dizendo, os textos escolhidos para "publicação", para "montagem" e para "leituras dramáticas" durante o Festival de Teatro de Curitiba em março de 2010, alguns dias depois. E o Roberto Alvim chegou a dizer que o texto escolhido para encenação não era o melhor texto dentre os 26 (ou 27) textos entregues.

Alguns dias e, finalmente, saiu a lista dos que seriam publicados. Do total de 27 (seriam 28?) textos entregues, seriam publicados.

A divulgação saiu assim (no site do Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná) :


17/12/2009

Relação das peças a serem publicadas em coleção do Núcleo de Dramaturgia.

1. Como se eu fosse o mundo, de Paulo Zwolinski
2. Antes do Fim, de Marcelo Bourscheid
3. Inverno, de Pretto Galiotto e A noite se foi

ou O celibato do Superman, de Angélica Rodrigues
4. (em) branco e Tempestade de Areia, de Patricia Kamis
5. (Você), de Alexandre França
6. Só (a) Você, de Humberto Gomes e Pequeno Inventário

de Impropriedades, de Max Reinert
7. Fatia de Guerra, de Andrew Knoll e

Longe de Casa, de Eliane Karas
8. A Casa da Praia, de Pagu Leal e Teia, de Douglas Daronco
9. Para Consumo Imediato, de Nana Rodrigues e

Paraíso 46, de Claudia Brito
10. Quantos, de Sabrina Lopes e Animus, de Luciana Narciso

Serão publicados, pela lista acima, 17 textos de 16 autores. Dos textos, 13 de 12 autores da turma da noite e 4 textos de 4 autores da turma da tarde.

A divulgação dos textos que teria encenação e leituras dramáticas aconteceu só em janeiro (dia 04/01/2010) e a lista foi modificada no dia 9 de fevereiro (ontem) e ficou assim, com a inclusão do texto TEIA, do Douglas Daronco.

Saiu assim no site do Núcleo de Dramaturgia:


04/01/2010

Relação dos textos que ganharão Leitura Dramática.

Relação dos textos que ganharão Leitura Dramática.

- Antes do Fim, de Marcelo Bourscheid

- (Você), de Alexandre França

- (em) branco:, de Patricia Kamis

- Inverno, de Pretto Galiotto

- Teia, de Douglas Daronco


Texto a ser encenado:
- Como se eu fosse o mundo, de Paulo Zwolinski

Nos últimos dias enviei um e-mail para o Marcos Damaceno e fiz algumas indagações a ele - e também à Anna Zétola, do SESI Paraná, solicitando que informassem quais seriam as REGRAS DO JOGO para a formação da "nova" turma "avançada" ou dos que entrarão no segundo ano da mesma.

Oficialmente não houve uma resposta, embora eu possa considerar que o e-mail que a Anna Zétola me enviou seja um tipo de "resposta oficial", afinal, quem é responsável no SESI Paraná pelo Núcleo de Dramaturgia é ela e sua resposta foi que haveria uma conversa dela com o Damaceno e que, com certeza, os "escolhidos" para a turma do segundo ano, caso o número de interessados fosse superior a 20, seriam feitos pelo Roberto Alvim. Na mensagem, desta madrugada, do Marcos Damaceno, está claro que quem vai "escolher" ou "selecionar" os 20 integrantes da turma "avançada" ou "do segundo ano" será mesmo o Roberto Alvim.

Como nem a Anna Zétola, nem o Damaceno não informaram quais seriam as tais "regras" para as tais "escolhas" ou "seleções" dos integrantes por parte do Roberto Alvim, ficam aqui uns questionamentos. Claro, quem deve responder é o Roberto Alvim, pelo que estabeleceu a Anna Zétola e o Marcos Damaceno.

As perguntas que eu faço são, obviamente, porque desconheço as "regras" e os "critérios" que o Alvim vai adotar. Também são, porque alguns colegas que se manifestaram em e-mails a mim também querem saber como se dará a tal "seleção" de novos participantes.

Em resumo, as indagações que faço são:

- Quais são os critérios para a seleção dos futuros participantes da turma dos "avançados" ou a "turma do segundo ano da Oficina de Dramaturgia"?

- Será considerada como ponto favorável e critério para a escolha do futuro integrante, a assiduidade dos participantes das duas turmas nos encontros e eventos paralelos promovidos pelo Núcleo de Dramaturgia em 2009? Se não, para que valeram as listas de presença que todos nós assinamos no ano passado?

- Os certificados que recebemos tem pesos diferenciados e diferentes para cada integrante das turmas do ano passado? Há certificados com alguma letra, tipo Certificado A, Certificado B, Certificado C?

- Os textos que cedemos os direitos autorais para o SESI Paraná são um dos critérios suficientes para uma análise e decisão para os futuros integrantes da futura turma dos já citados "avançados"? Se forem critério, que critérios são esses e quem aplicará os critérios? Será apenas e tão somente o Roberto Alvim?

- Para não expor ninguém ao constrangimento de ser excluído apenas pela óbvia constatação de que o número de vagas é inferior aos tantos (27 ou 28) interessados, não seria melhor que o Roberto Alvim já enviasse uma lista com os que ele quer e pretende ver presentes na futura turma dos "avançados"?

- A tal lista dos "futuros integrantes" da turma "avançada" já não estaria clara com a escolha dos 16 autores (daqueles 17 textos acima referidos) que serão publicados e, ainda mais, com o reforço, um carimbinho extra, dos textos escolhidos e que serão encenado e terão leituras dramáticas durante o festival de teatro de Curitiba, agora em março?

- O Roberto Alvim, o Marcos Damaceno e a Anna Zétola acham válidas uma discussão mais aberta e envolvendo os reais interessados - nós, os participantes das duas turmas do ano passado - sobre os critérios das escolhas que os três terão que fazer para formar a futura turma dos "avançados"? Se não acham, como explicam critérios se critérios inexistem?

E, finalizando, a última indagação:

- Quem for excluído - pelos critérios não divulgados ainda e pelas motivações desconhecidas por todos - pode considerar que o Certificado de Participação nas turmas do ano passado é um mero papel e o que vale mesmo é o que não está escrito ou o que não foi previamente acordado? Ou, concluindo, não seria melhor que o Roberto Alvim fosse objetivo e afirmasse simplesmente: Esse dá jeito para a coisa. Esse outro, não!

Algumas respostas eu gostaria de ter frente a frente com o Roberto Alvim. As outras, podem me enviar que publicarei aqui.

Abraço a todos.

Rogério Viana

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Núcleo de Dramaturgia abre inscrições para turma 2010

O Núcleo de Dramaturgia SESI-Paraná abriu inscrições para o processo de seleção de autores para compor a nova turma. Para tanto, informa aos interessados, os procedimentos e as condições necessárias para a referida inscrição.

Não foram abertas, ainda, as inscrições para a turma que concluiu o trabalho de nove meses na Oficina de Dramaturgia com o Roberto Alvim no ano passado. Também não se conhece o regulamento e nem as condições para as inscrições para a turma que entrará no segundo ano da oficina.

Como devem ser 20 o número de participantes para essa turma e como concluíram 27 participantes nas duas turmas iniciantes no ano passado, ainda não se sabe quais são os critérios para a escolha do número de participantes na turma "avançada" deste ano. Se haverá um corte de 7 participantes ou se todos(os 27) serão aceitos na turma do segundo ano da Oficina de Dramaturgia. Não se sabe, também, quando a turma "avançada" terá início. Presume-se, no entanto, que possa ser na mesma data em que tiver início a nova turma, ou seja, no dia 13 de abril de 2010.

Para a seleção - requisitos

Os inscritos serão selecionados a partir de análise de seus currículos, de trecho de peça de sua autoria e de um pequeno questionário que deverão responder.

Aos 20 selecionados será exigido disponibilidade e comprometimento na presença nas aulas, além do pagamento da taxa de matrícula em cada workshop ou oficina que serão realizados durante os nove meses de duração do curso (de abril a dezembro de 2010).

A lista dos aprovados será divulgada no dia 15 de março de 2010 aqui neste blog e no site do Núcleo de Dramaturgia. Serão selecionados 20 novos integrantes para a turma da tarde.

Os interessados deverão enviar a FICHA DE INSCRIÇÃO devidamente preenchida, até 28 de fevereiro, e também peça de própria autoria para o e-mail


Confira o regulamento >>

Ficha de Inscrição >>

As primeiras atividades programadas e com obrigatoriedade de presença dos novos integrantes são:

· Mesa-redonda com Roberto Alvim, Mario Bortolotto, entre outros a confirmar.

Dia 20/03, sábado, às 15h30

Entrada gratuita

· Workshop “Introdução à Dramaturgia” , com Marici Salomão

De 23 a 26/03, das 10 às 14h

Matrícula: R$20,00

· Oficina Regular de Dramaturgia, com Roberto Alvim

Encontros quinzenais, sempre às terças-feiras, de abril a dezembro

Encontros do 1º trimestre: 13 e 27/04, 11 e 25/05 e 08 e 22/06 (demais datas a definir)

Horário: das 14 às 18h

Matrícula: R$20,00 por trimestre

Todas as atividades acontecem no Teatro José Maria Santos.

Informações adicionais

Workshop “Introdução à Dramaturgia”, com carga horária de 16 horas, este workshop visa introduzir novos autores nas principais técnicas e teorias da dramaturgia ocidental. Constitui-se de uma parte teórica e uma prática, na qual serão desenvolvidas cenas com posterior análise da orientadora.

PARTE TEÓRICA (Baseada nas linhas argumentativas dos principais teóricos contemporâneos)

1. A TEORIA DO DRAMA

2. A CRISE DO DRAMA

3. O TEATRO ÉPICO

4. O TEATRO PÓS-DRAMÁTICO

PARTE PRÁTICA (Baseada nos principais elementos ARISTOTÉLICOS)

1. ENREDO

2. PERSONAGEM

3. PENSAMENTO

4. DIÁLOGOS

Currículo dos ministrantes

Marici Salomão é dramaturga, jornalista e crítica na área teatral. Foi colaboradora do Caderno 2 (O Estado de S. Paulo) e revista Bravo!. Coordenou o Círculo de Dramaturgia do CPT (Centro de Pesquisa Teatral), sob supervisão de Antunes Filho, entre 1999 e 2004. Participou do primeiro Workshop do Royal Court Theatre no Brasil (2001). Atualmente é Coordenadora e Consultora Literária do Núcleo de Dramaturgia do SESI-British Council, voltado à formação de novos autores. Em outubro, a convite do British Council, visitou alguns dos principais centros de fomento à dramaturgia no Reino Unido. É jurada do prêmio Shell de Teatro e integra o Núcleo Dramáticas em Cena, de pesquisa e produção dramatúrgica, contemplado pela Lei de Fomento ao Teatro (2008). É autora da peça Retiro dos Sonhos, premiada no I Concurso Nacional de Textos Inéditos do Sesi, em 1995. Teve encenados os textos Segredos (Gabriel Villela, no DramaMix), Impostura (direção de Fernanda D’Umbra, com Mario Bortolotto), Atos de Violência (direção de Helio Cícero), Maria Quitéria (direção de Fernando Peixoto), O Pelicano (direção de Maurício Paroni de Castro) e Bilhete (direção de Celso Frateschi). Participa freqüentemente como jurada, crítica e avaliadora dos principais festivais de teatro nacionais. Foi consultora do projeto Dramaturgias, do Centro Cultural Banco do Brasil (1o. semestre de 2005), co-curadora do Festival de Teatro da Cultura Inglesa (edições 2005 e 2006) e avaliadora do II Festival do Recife de Teatro. Ministra palestras e oficinas de dramaturgia em várias frentes, como Oficinas Culturais Oswald de Andrade e Projeto Ademar Guerra, ambos da Secretaria de Cultura do Estado.

Oficina Regular

A Oficina Regular é um espaço para novos autores, dedicado à análise das obras de grandes dramaturgos da contemporaneidade, assim como à escritura de novas peças de teatro. O objetivo é que cada um dos participantes desenvolva um texto original, que será constantemente submetido a críticas, sugestões, perguntas e orientações por parte do professor. O processo visa proporcionar amadurecimento e solidez às obras, permitindo ao aluno a descoberta e o desenvolvimento de sua voz como autor.

Roberto Alvim é autor e diretor de 16 peças, encenadas no Rio de Janeiro, São Paulo, França (Paris), Suíça (Laussanne) e Argentina (Córdoba). Foi diretor artístico do Teatro Carlos Gomes – Sala Paraíso (RJ) de 2001 a 2004. Foi diretor artístico do Teatro Ziembinski – Centro de Referência da Dramaturgia Contemporânea (RJ) de 2005 a 2007. Foi Professor de História do Teatro e Literatura Dramática na CAL (RJ) de 2000 a 2004. Lecionou Dramaturgia na Universidade de Córdoba (Argentina) em 2005. Foi Professor de Dramaturgia na ELT – Escola Livre de Teatro (SP) em 2008. Como diretor da companhia CLUB NOIR, encenou até o momento 3 espetáculos: ANÁTEMA (2006); HOMEM SEM RUMO (2007), indicado aos Prêmios SHELL de Melhor Direção e Melhor Iluminação, e ao Prêmio BRAVO! de Melhor Espetáculo Teatral do ano; e O QUARTO (2008 / 2009), de Harold Pinter, ganhador do Prêmio Bravo! e indicado ao Prêmio COOPERATIVA PAULISTA DE TEATRO de Melhor Espetáculo do ano.

Outras informações, visitem o site do Núcleo de Dramaturgia:

http://webp.fiepr.org.br:8080/webp/tools/pagingInterceptor.jsp?componentPid=9546&pageNumber=1