sábado, 1 de agosto de 2009

Um texto sobre Narraturgia

Narraturgia

José Sanchis Sinisterra

(Tradução de Rogério Viana)

“Uma desconstrução sempre tem como objetivo revelar a existência de articulações e

fragmentações ocultas dentro das totalidades reconhecidamente monádicas”.

Paulo Le Man

0.

A meu amigo gêmeo, o dramaturgo chileno Marco Antonio de La Parra – ator, professor, psicoanalista, ex-roqueiro e filósofo – o escutei em certa ocasião: “Temos que estar sempre renegociando com o realismo”. Grande verdade. E o mesmo poderia dizer-se com respeito a narrativa: a dramaturgia parece condenada a acontecer sempre, de um modo ou outro, com a narratividade. E ela desde suas mesmas origens até hoje... com algum que outro breve período ou “escola” de mútua ignorância ou aparente desdém.

Esta perene mudança (ligação) entre drama e relato, mimese e diegese que em mim deriva pessoal cristalizou com a fundação do Teatro Fronteiriço (1977) – reaparece hoje como distintivo da mais radiosa modernidade. A amnésia e/ou a ignorância das novas gerações produz a menos estes reflexos, para o qual basta que alguém invente um rótulo atrativo: teatro da não representação, por exemplo: teatro pós dramático, que tampouco está mal. Nada que ver com conceitos teóricos sólidos, como o do “drama rapsódico” de Sarrazac, que tratam de elucidar a genealogia dos novos paradigmas, às vezes com raízes históricas.

Falando, pois, de rótulos, me apresso a declarar que o da Narraturgia, cuja invenção é a mim atribuída, nasceu, provavelmente, de um lapso (ou citação) em algum de meus seminários, no qual, efetivamente, me refiro muito às férteis fronteiras entre narratividade e dramaticidade. E muito especialmente quando me ocupo da “dramaturgia de textos narrativos”, que constitui não apenas um dos meus temas preferidos, senão também um segmento considerável de minha própria prática autoral. Desde a epopéia de Gilgamesh até a obra “Ensaios sobre a Cegueira” de Saramago, passando por relatos e novelas de Joyce, Kafka, Sábato, Cortázar, Melville, Beckett, Borges, Cervantes, etc., a mistura (ou mescla) do discurso narrativo e o discurso dramático fecundou minha reflexão e meus escritos, ajudando-me – obrigando-me, melhor dizendo-, a reconsiderar uma e outra vez os cânones que tendem a fixar o texto teatral em uma órbita mais ou menos veladamente aristotélica.

Narraturgia, sim: um lapso conceitual que previa aceitação e clarificação, talvez podia servir para indagar ou pesquisar a geografia de um território fronteiriço e impuro no que se entrelaçam confusa e intricadamente ambos “gêneros”, o narrativo e o dramático, e cuja história se estende desde as origens do discurso ficcional até suas mais recentes fases. Pelo que diz respeito ao teatro, pois, não resulta exagerado afirmar que um vetor narratúrgico atravessa toda sua complexa genealogia, incitando ao estudioso e – por que não – também ao criador a transitar permanentemente desde um domínio ao outro.

Acaso podem explicar-se a poesia épica e a narrativa oral, raiz de todas as tradições literárias, sem referir-las em sua trama (ou urdidura) mais íntima, a expressividade propriamente dramática, teatral, do trovador (ou menestrel) ou do contador de histórias? E é possível não reconhecer em alguns procedimentos discursivos empregados pelos personagens de Michel Vinaver, Fabrice Melquiot, Peter Handke, Botho Starauss, Heiner Muller, Sarah Kane, Martin Crimp, Roland Schimmelpfennig, Daniel Keene e tantos outros, claros vestígios das vozes narrativas pós faulknerianas ou herdeiras do “nouveau roman”? Ele sem falar da dupla vinculação – à narrativa e ao teatro – de autores como Beckett, Duras, Bernhard, Jelinek, etc., mas alguns dos citados, nos poucos de cujos textos oferecem uma identidade mestiça (ou misturada, mesclada). Tema à parte, não estranho ou alheio, seria a indubitável contribuição dos estudos narratológicos à teoria e à prática da escritura dramática dos últimos 25 anos.

(...)

O texto integral esta neste link:

Vamos falar sobre dramaturgia?

Há vários interessados em participar do grupo de estudos de dramaturgia e que foi proposto a todos os integrantes dos grupos da tarde e da noite da oficina vinculada ao Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná.

Os interessados em participar dos encontros - o primeiro poderá ser marcado para a próxima semana (de 3 a 7 de agosto de 2009) - e em função do número de participantes será escolhido local e horário do encontro.

Quem se interessar em participar, poderá responder, aqui mesmo, na parte inferior deste "post" no link "comentários".


Textos de Rogério Viana

Foram postados três textos do Rogério Viana, dois deles produzidos já como fruto do trabalho desenvolvido na oficina do Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná, sob orientações do diretor e autor Roberto Alvim. As peças são: Manhas, Mutretas e o Escambau; Cinco Cafés e Algumas Gotas de Afeto. A terceira peça, originalmente escrita em 2003 quando Rogério Viana trabalhava numa editora universitária em Salvador (BA), foi reescrita agora, dentro da oficina de dramaturgia e tem o título de: Das Razões do Nosso medo. Rogério também postou a tradução que fez da peça "Parejas", que foi escrita originalmente em francês por sua autora, a escritora, dramaturga e professora de teatro em Paris, Susana Lastreto (nascida na Argentina) e que ele traduziu a partir da versão em espanhol que a própria autora fez. O título da peça é "Casais" e estreou em Paris, em 1995, na versão em francês.

Os textos do Rogério Viana, bem como de outros autores - participantes da oficina - e profissionais do teatro brasileiro e também de autores internacionais estão no link abaixo.

Acessem todos os textos em:


quinta-feira, 30 de julho de 2009

Uma história de pouco amor

Os ensaios da peça "Uma história de pouco amor", texto de Edson Bueno e direção de Moacir Chaves, estão em ritmo acelerado. A peça vai estrear no próximo dia 6 de agosto (5a. feira) às 21 horas no mini auditório do Teatro Guaíra. A peça será apresentada de quinta a sábado (às 21 horas) e, aos domingos, às 19 horas até o dia 6 de setembro. No elenco, Laura Haddad, Patrícia Kamis, Sidy Correa e Zeca Cenovicz. Música ao vivo com Vadeco. A produção é do Grupo Camelo.


Sidy, Laura, Moacir e Patrícia

Laura, Moacir, Sidy e Patrícia

Mais sobre "Uma história de pouco amor" no link:


Rosana Stavis e Marcos Damaceno em ensaio


Tarde de quinta-feira, dia 30 de julho de 2009, numa casa na rua 13 de Maio em Curitiba. Frio lá fora. Lá dentro, Rosana Stavis e Marcos Damaceno, em clima de muito calor com o ensaio da peça Árvores Abatidas ou Para Luís Melo, do próprio Damaceno e interpretado por Rosana.

A peça será reapresentada em Curitiba a partir da próxima semana. Local, datas e horário serão informados oportunamente.

Veja as fotos do ensaio.

Damaceno e Rosana

Rosana Stavis

Damaceno e Rosana Stavis no ensaio

Marcos Damaceno


Mais sobre Árvores Abatidas ou para Luís Melo, visite o site da Cia. Marcos Damaceno:

Nekropolis, texto de Roberto Alvim

Roberto Alvim

O texto da peça Nekropolis, do Roberto Alvim pode ser acessado no Grupo de Dramaturgia - tarde ou cliclando neste link, diretamente.



quarta-feira, 29 de julho de 2009

O que é um canovaccio?

Você quer saber o que é e como é um Canovaccio, como esse elaborado por Luís Alberto de Abreu, clique no link abaixo.

CANOVACCIO

As aventuras de Till Eulenspiegel

1- De como, num primeiro prólogo, é narrado o lugar onde o personagem nasceu (lugarzinho feio, pobre, o que é redundância, perdido no fim do mundo, sem jeito, sem passado e sem futuro que nem merece nome), são ditas algumas características do personagem e são contadas maravilhas que aconteceram na hora em que veio à luz (uma noite escura na qual houve mortes, disenterias, choro e ranger de dentes e dizem, mortos saíram dos túmulos. Neste prólogo com muito conteúdo, embora curto, são narradas as reais intenções de quem encena tal história. (prefácio do livro)

2 - De como num segundo prólogo são narrados e encenados acontecimentos anteriores ao nascimento de Till mas determinantes na vida do personagem. É revelado que Deus e o diabo fizeram uma brincadeira ( os ...) ...

ACESSE ESTE LINK:

Arquivos de peças, textos e artigos de dramaturgia

Os interessados podem acessar todos os arquivos de peças, textos e artigos de dramaturgia que estão sendo selecionados pelo Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná em sua oficina de dramaturgia.

O link para acessar diretamente todos os arquivos é:

Fotos de Lucas Komechen



Fotos de Pagu Leal



Fotos de Cynthia Becker



Blogs de Nana Rodrigues

Nana Rodrigues

terça-feira, 28 de julho de 2009

Integrantes da Oficina de Dramaturgia SESI Paraná



Fotos de integrantes da Oficina de Dramaturgia do SESI Paraná comandado por Roberto Alvim.

Roberto Alvim


Roberto Alvim


Douglas Daronco



Cléber Braga



Sueli Araújo



Rogério Viana







Integrantes da Oficina de Dramaturgia SESI Paraná

Fotos de integrantes da Oficina de Dramaturgia coordenada por Roberto Alvim


Nana Rodrigues


Pagu Leal


Lucas Komechen

Eliane Karas

Cynthia Becker




Abreu é tema de dissertação de mestrado na Unicamp

Till, espetáculo do Grupo Balcão, de Belo Horizonte (2009)
é um texto de Luís Alberto de Abreu



André Carrico, da Unicamp, apresentou em 2004 uma dissertação ao Curso de Mestrado em Artes do Instituto de Artes da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas (SP) e focalizou o trabalho de Luís Alberto de Abreu, dramaturgo paulista que no começo de julho ministrou oficina de dramaturgia aos participantes do Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná.

O trabalho de Carrico foi orientado por Rubens José Souza Brito, que também focalizou Luís Alberto de Abreu em sua tese de doutorado na USP-ECA - Dos peões ao rei: o teatro épico-dramático de Luís Alberto de Abreu (1999, 226 páginas).

No trabalho de Carrico, são analisadas as seguintes peças de autoria de Luís Alberto de Abreu:

O Parturião,

O Anel de Magalhão;

Burundanga ou A Revolução do Baixo-Ventre;

Sacra Folia;

Iepe;

Till;

Masteclé ou Tratado Geral da Comédia;

Nau dos Loucos ou Stultífera Navis;

Auto da Paixão e da Alegria.


O texto TILL foi enviado ao nosso grupo pelo próprio Abreu, que também nos forneceu o Cannovaccio desta peça, recentemente montada pelo Grupo Galpão (de Belo Horizonte).

Informações sobre TILL, do Grupo Galpão, neste link:


Abaixo um resumo do trabalho feito pelo autor na abertura de sua dissertação:

O principal objetivo da presente pesquisa é mostrar como a poética cômica desenvolvida pelo dramaturgo Luís Alberto de Abreu para a Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes é parte de sua continuada contribuição à cena nacional. São objetos de nossa análise: a relação desse autor com o grupo a que se destinam esses textos, a evolução de sua poética cômica e o espaço por ela ocupado na história do teatro brasileiro. Para tanto, analisamos a atualização dos elementos da tradição cômica brasileira feita por Abreu para o projeto Comédia Popular Brasileira. Assim, estudamos a maneira pela qual os princípios da comédia popular são inseridos nos textos montados pela Fraternal Companhia entre 1993 e 2002, e como os tipos fixados no imaginário da Cultura Popular brasileira inserem-se nesse contexto. Debruçamo-nos sobre as referências teóricas que Abreu declara utilizar em seu processo de construção do texto cômico, tais como as idéias de Bakhtin (1987) sobre cultura popular, a teoria do riso de Bergson (2001), a estrutura dramática da commedia dell'arte e seus referentes na Cultura Brasileira, os arquétipos cômicos dos índios Winnebagos divididos em ciclos heróicos por Paul Radin (1964). Perquirimos ainda a coexistência dos valores aristotélicos e brechtianos através da "máscara tripla" presente em parte da obra cômica de Abreu (Brito, 1999). Dividimos o repertório do CPB em duas etapas, e apontamos como as peças de Abreu foram do jogo, no primeiro ciclo de quatro textos, para o pensamento das cinco obras do segundo ciclo. Nosso trabalho conclui que, por meio do sentimento do contrário, o conceito de humor encontrado na poética cômica do autor do projeto CPB é o mesmo que o estabelecido por Luigi Pirandello (1999).

O texto completo pode ser acessado diretamente clicando no link abaixo.



Grupo de Estudos - Participantes interessados

Já integram o Grupo de Estudos de dramaturgia as seguintes pessoas:

Bárbara Lia

Douglas Daronco

Eliane Karas

Luciana Rocha Narciso

Rogério Viana

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Links sobre teatro

http://www.teatroparaalguem.com.br/casa/

http://www.midena.com.br/

Três Usos da Faca - conheça aqui o conteúdo do livro

Clique no título do "post" e conheça o conteúdo do livro
TRÊS USOS DA FACA – SOBRE A NATUREZA E A FINALIDADE DO DRAMA
David Mamet - Ed. Civilização Brasileira, 2001

Bibliografia básica - Curso de Dramaturgia


POÉTICA
Aristóteles (há várias traduções possíveis)

A EXPERIÊNCIA VIVA DO TEATRO
Eric Bentley – Coleção Palco e Tela
Zahar Editores, 1981

O DRAMATURGO COMO PENSADOR
Eric Bentley - Editora Civilização Brasileira, 1991

TEATRO GREGO – TRAGÉDIA E COMÉDIA
Junito de Souza Brandão - Vozes, 1984

PARA TRÁS E PARA FRENTE – UM GUIA PARA LEITURA DE PEÇAS
TEATRAIS
David Ball – Coleção Debates - Ed. Perspectiva, 1999

LER O TEATRO CONTEMPORÂNEO
Jean-Pierre Ryngaert – Ed. Martins Fontes, 1998

TRÊS USOS DA FACA – SOBRE A NATUREZA E A FINALIDADE DO DRAMA
David Mamet - Ed. Civilização Brasileira, 2001

DICIONÁRIO DE TEATRO
Patrice Pavis – Ed. Perspectiva, 1999

A ANÁLISE DOS ESPETÁCULOS
Patrice Pavis – Ed. Perspectiva, 2005

MITO E REALIDADE
Mircea Eliade - Coleção Debates, Editora Perspectiva, 1972

TRAGÉDIA MODERNA
Raymond Williams - Ed. Cosac & Naify, 2002

PROBLEMAS DA POÉTICA DE DOSTOIÉVSKI
Mikhail Bakhtin - Forense Universitária,1997

O TEATRO ÉPICO
Anatol Rosenfeld - COLEÇÃO DEBATES – Editora Perspectiva, 1985

O TEATRO BRASILEIRO MODERNO
Décio de Almeida Prado – COLEÇÃO DEBATES - Ed. Perspectiva, 1988

O TEXTO NO TEATRO
Sabato Magaldi – Ed. Perspectiva, 2001

TEORIA DO DRAMA MODERNO [1880-1950]
Peter Szondi – Cosac & Naify, 2001

TEATRO PÓS-DRAMÁTICO
Hans-Thies Lehmann - Ed. Cosac & Naify, 2007

O RISO – ENSAIO SOBRE A SIGNIFICAÇÃO DO CÔMICO
Henri Bergson – Ed. Zahar, 1983

WRITING A PLAY
Gooch, Steve - A & C Black Publishers Limited. 2004

PlAYWRITING
Greig, Noel - Routledge, USA, 2005

Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná


Clique sobre o título e visite o site do Núcleo de Dramaturgia do SESI Paraná.

Estudos de Dramaturgia


Uma proposta de estudos de dramaturgia

Prezados colegas,

Estamos tendo a oportunidade única – por importante e essencial ao fazer teatral – de participar do Núcleo de Dramaturgia do SESI Paraná que, através das várias palestras, workshops e da oficina permanente de dramaturgia, tem nos possibilitado uma evolução no conhecimento da escrita para teatro e provocado um desejo de ir além ao que tão bem os coordenadores das várias atividades nos tem mostrado.

O Roberto Alvim, com a sugestão de dezenas de textos para serem lidos, não só de peças teatrais, mas também de textos teóricos que nos ofereceu, tem indicado a necessidade de que nosso trabalho não fique apenas no que fazemos individualmente em casa ou em nossos escritórios, mas, também, que possamos, de algum modo, promover de troca com todos os colegas que fizeram uma opção pelo estudo mais sistemático da dramaturgia em geral e da contemporânea em particular.

O Luis Alberto de Abreu, na palestra que nos brindou e na oficina de três dias que ministrou ao nosso grupo, deixou claro que o trabalho de dramaturgia não deve e não pode ser um trabalho solitário. Ele disse que há necessidade de ser promovida uma troca, um confrontação de idéias distintas e diferentes, um aprofundamento coletivo na arte da escrita teatral e o melhor entendimento dos seus reais significados para a arte do teatro.

Em resumo, o que o Alvim e o Abreu nos tem passado é que devemos pesquisar mais, experimentar mais e divulgar mais o que estamos fazendo para que, assim, possamos descobrir novos caminhos, vivenciar novas maneiras de fazer teatro e, assim, difundir, por todos os meios possíveis, o que passa a ser importante para todos nós: os textos produzidos, os textos em produção, os textos a serem produzidos.

O Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná tem sua importante programação a ser cumprida. E o que estou apresentando, neste momento, é a sugestão de que possamos, de várias formas e com outras ações, complementar, ampliar e reforçar o que oficialmente já está sendo feito pelos dois grupos – turmas da tarde e da noite – do referido e importante núcleo dramatúrgico.

Assim, venho propor a todos e esperando merecer a atenção de interessados, a criação do GRUPO VIVA VOZ ( nome que dou, a título de sugestão, mas que poderá ter um nome tirado do consenso de todos os futuros participantes), com o objetivo de promover estudos, leitura e debates de textos de dramaturgia entre seus integrantes, com a comunidade teatral em geral e, sobretudo, com o público interessado por teatro, contribuindo, dessa forma também com a formação de público para o teatro paranaense, curitibano, em particular.

Amanhã, dia 28 e na quarta-feira, dia 29 de julho, vamos ter dois novos encontros com o Roberto Alvim. Seria importante, na oportunidade, que os interessados se manifestassem e que, com a orientação do coordenador geral do Núcleo de Dramaturgia, o Marcos Damaceno e do próprio Alvim, pudéssemos estabelecer uma programação complementar ao programa oficial do nosso núcleo e, assim, montarmos uma agenda de encontros, com temas pré definidos e conteúdo a serem sugeridos e escolhidos por todos os integrantes. Esses encontros poderiam, até, ter uma parte destinada ao estudo dos conteúdos sugeridos e apresentados pelo Roberto Alvim e que, de algum modo, deveremos dar conta nos futuros encontros. Em resumo, os nossos encontros permitirão uma aproximação maior entre as quinzenas que contamos com a presença do Roberto Alvim e nos possibilitação uma maior dedicação ao estudo que estamos fazendo sob a orientação dele e de outros profissionais do teatro que ainda serão convidados para apresentarem suas idéias a respeito da arte da dramaturgia.

O livro que o Roberto Alvim sugeriu que lêssemos – LER O TEATRO CONTEMPORÂNEO – Jean-Pierre Ryngaert – Editora Martins Fontes – São Paulo – 1998 – nos dá um entendimento da real necessidade de ampliarmos nossas experiências com a leitura de mais peças teatrais e que possamos fazê-las muito além de uma leitura com uma “grande angular” - uma visão ampla e abrangente de determinado texto – mas, sobretudo, buscando em cada texto, nos seus diálogos, didascálias, cenas, atos – buscar um foco mais preciso, mais próximo, microscópico, até, de detalhes que nos farão ter um melhor entendimento sobre cada peça lida.

Essa, é, pois, minha proposta de trabalho e visando criar um grupo de estudos e de difusão da arte da dramaturgia, dentro da proposta de se produzir, com qualidade, um teatro contemporâneo a partir de Curitiba.

Um abraço a todos e espero receber críticas, comentários, sugestões e, se possível, o apoio e a participação dos interessados no que propus.

Rogério Viana

rogeriobviana@yahoo.com.br

41 8803 7626 – 3203 8647 – 3205 4988