sábado, 6 de fevereiro de 2010

Lá vem ele com suas abobrinhas...

Sempre terá alguém que diante de
texto seu vai dizer:
É abobrinha, com certeza. Outro, ao ouvir o seu nome,
não vai perdoar:
Dali só sai abobrinha! De abobrinha em abobrinha
a gente segue em frente.
Já que sempre vem abobrinha,
de abobrinha é
que estou alimentando este blog.
Além das palavras,
nem tão óbvias assim,
vem estas abobrinhas
aquareladas que colhi no
Mercado Municipal num sábado de
muito sol
e calor, ideal para um prato leve que, feito
com arte, é delicioso e sofisticado.
Abobrinha? Então...
tem quem não goste.
Há quem adora!

Alho é um tempero do...

Na mesma base, num outro saco.
O alho é mesmo um tempero do...
Mas tem quem não goste. Que torce o nariz,
que vomita, que faz cara de nojo.
Mas alho espanta vampiro, lobisomem até.
Mas crendices à parte, de minha parte eu não rejeito
alho nos pratos que gosto de preparar.
Claro, se ele estiver na receita.
Se não, até que dá para arriscar.
Quem não gostar, que cuspa!
Mas não peço desculpas.
Ou será que peço?

Canelas em pau e em pé

Meio na contra luz, na contra mão, encontrei lindas canelas em pau e em pé. O efeito delas numa sangria é inesquecível, pois fundamental. Moidinha numa qualhada, eu adoro. Com mel, melhor. Então, antes que façam dela o que sugeri, olhei enviesado e turvei numa ditigal aquarela que ficou assim, tipo canela em pau, tipo arte. Num sábado. Foi assim que eu vi e fiz.

Verde que te quero ver-te

No bananal do senhor Nicolau tem banana pra dar com pau. Pode não ser verdade, mas até que rimou! O mesmo olhar. Mas quem desdenha pode fazer uma aquarela, pois banana verde não dá pra engolir. Se deixar amadurecer, quem sabe daqui uns dois dias. Assim, fica o dito pelo não dito e o verde que te quero ver-te...

Yes, nóis have bananas

Yes, cada macaco no seu galho, chô, chuá... Yes, nóis have bananas. Nem para dar, nem para vender. A banana é da japonesinha que não cobrou cachê para eu fotografar as bananas dela. Digo, as bananas da banca dela. Vai faltar macaco pra tanta banana, podem acreditar.

Olho por Alho


Dei uma volta de umas duas horas e quinze minutos pelo Mercado Municipal de Curitiba. Fiz umas 420 fotos. Escolhi algumas e trabalhei nelas para fazer umas aquarelas digitais. Vai essa para os visitantes e amigos conhecerem. O título deste trabalho é "Olho por Alho".

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Oficina internacional de Dramaturgia na Argentina

José Sanchis Sinisterra

Teatro do CELCIT - Buenos Ayres, Argentina

Dramaturgia Textual: A Escrita Subjugada

José Sanchis Sinisterra - autor e diretor espanhol

CELCIT - Buenos Ayres - Argentina

De 13 a 17 de setembro de 2010 - (segunda a sexta-feira) - 14h30 às 18h30

Para autores de teatro e escritores

Conteúdo:

Dada a brevidade da oficina, o trabalho se centrará em um aspecto concreto da problemática dramatúrgica: as alternativas contemporâneas ao diálogo convencional, suas variáveis anômalas, suas estruturas infrequentes, suas propriedades e funções pragmáticas e outras manifestações da complexidade na interação comunicativa. Em particular, será dada ênfase na descontinuidade, na fragmentação e nos diversos níveis que constituem o subtexto. A metodologia se baseará na realização de exercícios de escrita (durante os encontros) e de problemas de dramaturgia, com exercícios e estudos em casa, que serão posteriormente lidos e comentados, assim como na exposição e debate de temas teóricos relacionados com a crise do logocentrismo no Século XX e sua influência nas novas propriedades da palavra dramática. Uma introdução na Pragmática Linguística (dizer é fazer) contribuirá para sublinhar/ressaltar o papel do discurso na concepção e o tratamento da ação dramática.

José Sanchis Sinisterra, autor, diretor, pedagogo e teórico de teatro, tem reivindicado sempre, com razão de seu trabalho e como fundamentos essenciais da arte dramática, a partitura dramatúrgica e a criatividade do ator. Revisar permanentemente a textualidade e a atoralidade - sem menosprezo, naturalmente, dos demais códigos da cena - constituem para ele a única possibilidade de adaptar o resultado teatral às sempre mutáveis exigência da comunidade. A exploração das fronteiras entre narratividade e dramaticidade, assim como a incursão em outros campos do conhecimento (tanto das ciências humanas como das ciências físicas e naturais), o conduziram a sistematizar os parâmetros da dramaturgia e da atuação, na tentativa de articular o caráter intuitivo e não lógico da criação com seu indispensável componente reflexivo e racional. Temmais de cincoenta obras teatrais - entre originais e dramatizações de textos narrativos - e assimcomo numerosas peças já encenadas, assinalam uma larga trajetória de permanente interrogação. Algumas de suas obras: "Um monte de piolhos ou de atores", "O retábulo do Eldorado", "Ai, Carmela!", "Valéria e os pássaros", "O Cerco de Leningrado", "O leitor por horas", "Sangue Lunar", "Terror e Miséria no Primeiro Franquismo", "A Máquina de Abraçar", "Deixe o Amor de Lado".

O valor da inscrição, no câmbio de hoje, é de R$ 218,00 (Pesos argentinos $ 450,00 - Dólar US$ 111,00)

RESUMO

CompraVendaVariação
Dólar comercial (em R$)1,86401,86600,9%
Dólar turismo (em R$)1,85001,96000%
Dólar paralelo (em R$)1,90002,05002,7%
Euro (em R$)2,55802,55980,52%
Libra (em R$)2,92882,93130,76%
Pesos arg. (em R$)0,48340,48460,78%

05/02/2010 11:54

Fonte: Thomson Reuters


Endereço do CELCIT em Buenos Ayres

Moreno 431, (1091) Buenos Aires. Argentina. Telefone: (5411) 4342-1026

Fica na região central de Buenos Ayres, próximo da Praça de Maio.

Mais informações na secção de Cursos no site


e-mail correo@celcit.org.ar

Narraturgia texto de José Sanchis Sinisterra em:


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Dramaturgia terá duas oficinas na FCC

Site da FCC - Oficinas de Análise e Criação Literária - 2010

Pelo quarto ano consecutivo da Fundação Cultural de Curitiba oferece ao público as Oficinas de Análise e Criação Literária, viabilizadas pelo Fundo Municipal da Cultura, permitindo que os participantes entrem em contato com a produção de vários escritores e teóricos, e reflitam sobre processos criativos, tanto através de leituras como de sua própria produção de textos literários. As inscrições estão abertas até o próximo dia 10 de fevereiro.

Atualmente serão levadas a público 17 oficinas, sendo oito delas consideradas oficinas abertas, pois trabalharão com todos os gêneros literários e mais nove que trabalharão com gêneros específicos. As oficinas abertas, também consideradas como uma porta de entrada para o fazer literário, acontecerão nas Bibliotecas e Casas de Leitura da Fundação Cultural localizadas em bairros das várias regiões da cidade. As oficinas específicas, que trabalham de maneira mais aprofundada gêneros específicos de literatura, acontecerão no Palacete Wolf, sede da Coordenação de Literatura.

Cada oficina terá um total de 22 encontros com quatro horas de duração cada, que acontecerão quinzenalmente a partir de fevereiro e se estenderão até o mês de novembro de 2010. Ao término do processo textos produzidos pelos alunos, e selecionados por uma comissão de profissionais da área, comporão uma publicação específica em forma de jornal que visa divulgar à comunidade o resultado dos trabalhos.

Dramaturgia

Para a área de dramaturgia estão sendo oferecidas vagas para duas oficinas: Dramaturgia I e Dramaturgia II. A Dramaturgia I - Da Palavra ao Ato, terá como ministrante Simone Kobachuk. Esta oficina terá início dia 22 de fevereiro de 2010 e acontecerá, quinzenalmente, às segundas-feiras, das 19 às 23 horas. A oficina Dramaturgia II - Sátiras e Dramas, Tragédias e Épicos, com a coordenação de Paulo Afonso Castro, se inicia no dia 4 de março de 2010, também quinzenalmente, com encontros às quintas-feiras, das 19 às 23 horas. Ambas vão acontecer no Palacete Wolf, seda da Coordenação de Literatura da FCC - Fundação Cultural de Curitiba, na Praça Garibaldi, no. 7, no Centro Histórico de Curitiba.

A oficina Da Palavra ao Ato visa a construção de um texto a partir de estudos textuais de autores universais e contemporâneos, experimentações e estudos sobre o ato cênico nas suas múltiplas linguagens. Entre os autores selecionados para esta Oficina a bibliografia contempla nomes como: Tchekov, Beckett, Brecht, Bond, Molière, Racine, Shakespeare, Müller, Koltès e Lagarce.

O curso promoverá discussões teóricas, dinâmicas e vivências de sensibilização a temas, ao corpo e a palavra no intuito de expandir a criatividade literária em dramaturgia.

Simone Kobachuk é diretora de teatro com mais de dez anos de prática profissional e espetáculos encenados em linguagens de ator, bonecos e teatro experimental. A maioria de seus espetáculos é criada a partir de textos próprios onde uma dramaturgia concebida para o projeto de encenação visa o enaltecimento nas linhas gerais da linguagem selecionada. Formada pela Faculdade de Artes do Paraná, atualmente é mestranda em Antropologia das Formas Expressivas na Universidade Federal do Paraná.

A ministrante estudou em Charleville-Mézières no Institut International de la Marionnette, em Sevilha e atuou como diretora em Portugal estreando seu texto Fernando em Pessoa. No Brasil, além dos textos escritos para seus espetáculos, seu texto O Fim do Mundo foi publicado no livro, Dramaturgias Curitibanas, contendo os textos integrais dos autores contemplados no edital de Oraci Gemba 2007.


A proposta da oficina Dramaturgia II - Sátiras e Dramas, Tragédias e Épicos, fundamenta-se na leitura coletiva e análise crítica e estrutural de textos teatrais de autores consagrados como Aristófanes, Sófocles, Eurípedes, Plauto, Moliére, Calderón de La Barca, Goldoni, Willian Shakespeare, Schiller, Alfred Jarry, Becket, Maiakovski, Ionesco, Arrabal, Bertold Brecht, Tenesse Willians, Garcia Lorca e Dario Fo. Os participantes estudarão as principais correntes da dramaturgia universal desde a tragédia grega, passando pela comédia antiga, renascentista e contemporânea, o drama moderno, o teatro épico e dialético e as vanguardas estéticas do século XX. Paralelo a este processo de leitura de obras clássicas e ensaios teóricos, o grupo desenvolverá exercícios práticos de criação literária, produzindo cenas breves, criações coletivas e um texto dramático no decorrer dos 15 meses de encontros. Com a realização de um ciclo de leituras dramáticas dos textos construídos pelos próprios participantes, estaremos dando visibilidade aos novos autores oficinandos e ao mesmo tempo propiciando uma experimentação cênica de suas produções literárias.

O ministrante Paulo Afonso de Souza Castro é natural de Curitiba. Ator, autor e diretor teatral, bacharel em Artes Cênicas pela PUC-PR. Mestrando em Antropologia Social pela UFPR, licenciado em História pela UNIANDRADE, pesquisando no momento a resistência cultural do povo Kaingang e a trajetória de vida e militância pela retomada das terras indígenas no sul do Brasil do líder indígena Ângelo Cretã assassinado em 1980. Fundador e atuante no Grupo de Teatro Experimental Lua Nova, de 1982 a 1996, desenvolvendo trabalhos artísticos nas áreas do teatro popular, circo-teatro, teatro de rua e teatro de formas animadas em parceria com o teatrólogo Laerte Ortega (in memorian). Atuou em espetáculos populares da Casa de Teatro Produções, dirigida por Ailton Silva Caru (in memorian). Participou do núcleo de dramaturgia da Cia Daisy Nery. Ex-presidente da Associação Paranaense de Teatro Bonecos, produziu textos e dirigiu espetáculos para as Cias. Teatrais: Manoel Kobachuk, Sonora e Karagoz, de Curitiba. Coordenou o I Encontro Paranaense de Culturas Populares (2005) e I Encontro Sul-Brasileiro de Culturas Populares (2006). Atualmente ministra oficinas de dramaturgia, interpretação e direção teatral, escreve textos e dirige espetáculos teatrais.

Informações e inscrições:

FCC - Fundação Cultural de Curitiba
Palacete Wolf / Sede da Coordenação de Literatura – Centro Histórico
End. Praça Garibaldi nº 07
Fones: 41 3321-3317 e 41 3321-3379

Todas as informações sobre as Oficinas da FCC neste link:

O primeiro dia de Leminski em Paris

Flyer do projeto

O primeiro dia de trabalho com os textos de Leminski em Paris

Recebi, hoje, a primeira informação que o Márcio Abreu me enviou sobre o primeiro dia de trabalho dele e dos atores da CBT - Companhia Brasileira de Teatro, na Maison de la Poésie, em Paris, nos estudos sobre a obra de Paulo Leminski que vão realizar em conjunto com integrantes da Compagnie Jakart - Mugiscué.

A mensagem do Márcio Abreu veio assim:

oi rogério, super legal o que vc tem feito!
hj fizemos a primeira reuniao de trabalho aqui em paris.
amanha entramos no teatro.
vamos mandando novas no blog do projeto, vc pode acompanhar e tirar coisas de la.
é no distraits nous vaincrons
grande abraço.
marcio.

Então, para quem quiser acompanhar diretamente no blog do projeto "Distraits, nous vaincrons", vai o link para o acesso:


Damaceno e Edson Bueno em São Paulo

Damaceno e Edson Bueno, em São Paulo (do Twitter do Ivam Cabral)

O Marcos Damaceno e o Edson Bueno em São Paulo no último fim de semana de janeiro. Na programação, claro, teatro.

No Blog do Edson Bueno - http://efranbueno.blog.uol.com.br/ - no post "A PASSAGEM (PAISAGEM) POR (DE) SÃO PAULO (Parte 1)" ele conta como foi o fim de semana onde se encontraram com gente, claro, do teatro.

No "Twitter" do Ivam Cabral, o registro do encontro do Damaceno e do Edson Bueno. Foto feita num celular, com certeza aqui:

O teatro paranaense bem representado aqui: Marcos Damasceno e Edson Bueno http://yfrog.com/3ici1j


Na pauta da conversa do Damaceno com o Edson Bueno, claro, as leituras dramáticas de textos produzidos pela Oficina de Dramaturgia do Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná. No retorno a Curitiba, na terça-feira, Damaceno anunciou que o texto "Teia" de Douglas Daronco, incluído na programação de leituras dentro do Festival de Teatro de Curitiba em março, terá direção, claro, do Edson Bueno.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Patrícia Kamis e Tiago Luz encenarão texto de Paulo Zwolinski

Tiago Luz vai contracenar com Patrícia Kamis
(foto divulgação Cineacademia)

Marcos Damaceno, coordenador do Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná anunciou hoje os nomes dos atores que vão encenar a peça "Como se eu fosse o mundo", de Paulo Zwolinski e os nomes dos diretores que vão orientar as leituras dramáticas das peças produzidas pelos integrantes da Oficina de Dramaturgia que encerrou sua primeira etapa em dezembro passado.

O texto de Paulo Zwolinski será dirigido por Roberto Alvim e terá no elenco Patrícia Kamis e Tiago Luz. Os ensaios para a apresentação da peça "Como se eu fosse o mundo" terão início logo após o Carnaval.

As peças que terão leituras dramáticas são: "Inverno", de Pretto Galiotto, terá a direção de Márcio Abreu; "Tempestade de Areia", de Patrícia Kamis será dirigida por Márcio Mattano; Marcos Damaceno vai dirigir a leitura da peça "Antes do Fim" de Marcelo Bourscheid; e Nina Rosa Sá dirigirá o texto "(Você)", de Alexandre França. Damaceno informou, também, que a lista de peças a terem leituras dramáticas foi aumentada passando para cinco textos a serem apresentados durante o Festival de Teatro de Curitiba. O texto que foi incluído é "Teia", de Douglas Daronco, que integrou a turma da tarde da oficina de dramaturgia comandada por Roberto Alvim. O texto de Daronco terá a direção de Edson Bueno. Os demais textos - encenado e das leituras dramáticas - são todos da turma da noite da mesma oficina.

Nos próximos dias os diretores das cinco peças que terão leituras dramáticas anunciarão os nomes dos atores e atrizes que serão escolhidos para as apresentações que acontecerão durante o Festival de Teatro de Curitiba em março.



Tout le monde le sait: Leminski em Paris

Márcio Abreu

Rodrigo Ferrarini

Nadja Naira

Ranieri Gonzáles

Giovana Soar

Embarcam, hoje, para Paris, o diretor Márcio Abreu e os atores da CBT - Companhia Brasileira de Teatro, Nadja Naira, Ranieri Gonzáles, Giovana Soar e Rodrigo Ferrarini. Eles vão participar, a partir da próxima quinta-feira, dia 4 de fevereiro, de projeto na Maison de la Poésie sobre a obra de Paulo Leminski.

O resultado do trabalho que será desenvolvido em Paris em conjunto com diretores e atores franceses da Compagnie Jakart - Mugiscué, grupo francês com o qual a CBT, desde 2005, tem promovido uma troca de experiências muito intenso, será mostrado no dia 20 de fevereiro. O projeto tem o título de "Distraído, Venceremos" e se refere a um título de uma obra de Leminski. Em dezembro de 2009, Márcio Abreu esteve em Paris e, juntamente com o diretor Thomas Quillardet, foi conheceder o trabalho que esse tem realizado com alunos do Colégio Guillaume Budé de Paris e do Liceu Paulo Éluard de Saint-Denis. Márcio revelou ter ficado impressionado com o que os pequenos alunos fizeram a partir dos estudos da obra de Paulo Leminski.

No dia 20 de fevereiro serão apresentados os resultados dos trabalhos feitos por Quillardet com os alunos das duas escolas francesas. O trabalho tem o título de "Distraídos, desembarcamos". Após será apresentado o trabalho dos integrantes da CBT e da Jakart - Mugiscué, e a apresentação tem o nome de "Distraídos, divagamos". Para finalizar, com o título de "Distraídos, deliramos", música brasileira e caipirinha com mais textos de Leminski e algumas versões em francês de textos dele como BEM NO FUNDO (Bien au Fond):

BEM NO FUNDO

.
no fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto

.
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela - silêncio perpétuo

.
extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais

.
mas problemas não se resolvem,
problemas tem família grande,
e aos domingos saem todos passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas

.
.
Já disse de nós.
Já disse de mim.
Já disse do mundo.
Já disse agora,
eu que já disse nunca.
Todo mundo sabe,
eu já disse muito.

Tenho a impressão
que já disse tudo
E tudo foi tão de repente.

Versão em francês

BIEN AU FOND

.
au fond, au fond,
bien au fond,
on aimerait
voir nos problèmes
reglés par décret

.
à partir de cette date,
ce chagrin sans remède
est considéré nul
et sur lui - silence perpétuel

.
éteint par loi tout le remords
maudit soit celui qui regarde en arrière,
là en arrière il n'y a rien
et rien de plus

.
mais des problèmes ne se règlent pas,
les problèmes ont une grande famille,
et les dimanches ils vont se promener
le problème, madame
et les autres petits problemots

.
.
J'ai déjà parlé de nous.
J'ai déjà parlé de moi.
J'ai déjà parlé du monde.
J'ai déjà parlé maintenant,
moi, qui ai déjà dit jamais.
Tout le monde le sait,
j'ai déjà trop dit.

J'ai l'impression
d'avoir tout dit.
Et tout fut si soudain.



domingo, 31 de janeiro de 2010

No ensaio de "Vida", da CBT

Giovana Soar e Nadja Naira, observadas
por Rodrigo Ferrarini e Ranieri Gonzáles

Rodrigo Ferrarini

Ranieri Gonzáles e Nadja Naira

Nadja Naira

Giovana Soar, Nadja Naira e Rodrigo Ferrarini

Assisti na sexta e no sábado (dias 29 e 30 de janeiro) aos ensaios de "Vida", texto de Márcio Abreu, a nova montagem da CBT - Companhia Brasileira de Teatro que será apresentada no Teatro José Maria Santos em março, durante o Festival de Teatro de Curitiba.

Márcio Abreu e Babaya trabalharam juntos para "afinar" detalhes da interpretação dos atores Giovana Soar, Rodrigo Ferrarini, Nadja Naira e Ranieri Gonzáles. É um trabalho exaustivo que desce a minúcias para permitir um completo mergulho dos atores em cada personagem. Os atores e Márcio Abreu que viajam para Paris na terça-feira, dia 2 de fevereiro, retomam os ensaios em Curitiba no começo de março, já no teatro José Maria Santos e com os cenários e figurinos de Fernando Marés. A música do espetáculo está a cargo de André Abujamra.

Acima, fotos que fiz durante os dois dias de ensaios.


Feeling uneasy

Márcio Abreu observa o momento "cool"
vivido por Ranieri Gonzáles

Momento de "eu queria ser você..."
vivido por Ranieri Gonzáles e Giovana Soar

Em "Vida" que está sendo ensaiado pela CBT para apresentar em março durante o Festival de Curitiba, tem um momento "cool" vivido por Ranieri Gonzáles. É um sentimento inquieto, aquele incômodo, desconforto, inquietude, como revela o título (é uma música) deste "post". Bem, melhor não revelar detalhes. Mas, preparem-se para aquele momento "diva", intenso. A cena, neste final de semana, foi burilada com atenção por Márcio Abreu e Babaya. A preparadora vocal mineira disse em tom de brincadeira usando uma palavra que é uma de suas marcas registradas: Está ótimo, mais um "cabelim" e ficará melhor...

Quem viu tem a certeza que a cena está fantástica, aliás, como várias outras cenas. Intensidade é o que não faltará nesta "Vida" que Rodrigo Ferrarini, Nadja Naira, Giovana Soar e Ranieri Gonzáles vão apresentar.
Na terça, dia 2 de fevereiro, a CBT embarca para Paris onde vai participar do projeto "Distraído, Venceremos" (trabalhos em cima da obra de Paulo Leminski) na Maison de la Poésie que fica na passagem da rua Saint-Martin com o sugestivo nome de "Molière".

Ao retornar, dia 27 de fevereiro, a CBT reiniciará os ensaios, já no Teatro José Maria Santos, a partir do dia primeiro de março.