quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Leitura dramática de peça de Michel Vinaver no Teatro Novelas Curitibanas

Michel Vinaver

França e Brasil se encontram num texto teatral. Nos dias 22 de outubro e 6 de novembro, a Companhia Brasileira de Teatro fará a leitura dramática da peça de Michel Vinaver “Os Trabalhos e os Dias”. A peça foi traduzida para o português nas oficinas do projeto “Nouveau Theatre – Teatro Novo”, realizadas pela Aliança Francesa em comemoração ao Ano da França no Brasil. A diretora da Aliança Francesa, Laure Gyselinck diz que “o objetivo do projeto é apresentar ao público, aos atores e diretores brasileiros os novos dramaturgos franceses”.

Com direção de Márcio Abreu, a leitura terá os atores Cássia Damaceno, Nadja Naira, Giovana Soar e Paulo Alves.

Escrita em 1977, a peça reflete um momento crucial da historia econômica e social da França. Era o início da computação, que revolucionou a vida das pessoas nas empresas, e também o momento de absorções corporativas, do reagrupamento, do desmantelamento da pequena empresa familiar.

Trinta e dois anos depois, a peça ainda é atual, pois além da vida empresarial, ela é um poema que intercala a vida íntima e os grandes movimentos da economia.

As apresentações tem entrada gratuita.

Serviço:
Leituras dramáticas – “Os Trabalhos e os Dias” de Michel Vinaver
Dia 22 de outubro, 20 horas
Local: Teatro Novelas Curitibanas
Entrada gratuita

Dia 6 de novembro, 20 horas
Local: Aliança Francesa
Entrada gratuita

O autor:
Michel Vinaver nasceu em 1927 em Paris onde vive até hoje. Descendentes de russos, estudou na cidade de Annecy onde em 1953 se torna Chefe do Serviço Administrativo da Empresa Gillette -França. Vinaver inicia como romancista antes de se aventurar na dramaturgia. Em 1955 escreve sua primeira peça, "Les Coréens" (Os Coreanos), a pedido de Gabriel Monnet. A peça é montada em 1956 por Roger Planchon e em 1957 por Serrau. Apesar de deflagar grande polêmica, uma parte da mídia consagra o surgimento de um autor de teatro.


As duas peças seguintes "Les Huissiers" (Os Assessores) e "Iphigénie-Hôtel” (Ifigênia – Hotel) irão esperar respectivamente vinte e dois e dezoito anos para serem encenadas.

Em 1969 retorna a escritura teatral com “Par-dessus bord”, ao mesmo tempo que expande o grupo Gillette. As peças que escreve entre 1973 e 1988 serão encenadas por Dougnac, Jacques Lassalle e Michel Didym.

Em 1982 ele deixa a Gillette e o mundo dos negócios para ser professor do Instituto de Estudos Teatrais de Paris III. Cria, dentro do Centro Nacional do Livro, a Comissão de Teatro e depois redige “A prestação de contas de Avignon, os mil males que sofrem a edição de teatro e os trinta e sete remédios para amenizá-los”, fruto de uma pesquisa de dois anos. Ele também é autor de textos de reflexão sobre o teatro "Escritos sobre o Teatro 1 e 2”, lançados em 1982.

Sobre o evento, visite:



Sobre Giovana Soar


Sobre Michel Vinaver

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