Uma escola de teatro proposta por artistas, com o objetivo de formar profissionais especializados nas artes cênicas. Essa é a idéia por trás da São Paulo Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, que será inaugurada hoje, dia 25 de novembro de 2009, na capital paulista pelo Governo do Estado de São Paulo.
A Escola de Teatro funcionará inicialmente na Oficina Cultural Amácio Mazaroppi, no bairro do Brás, e oferecerá oito cursos regulares, com carga horária mensal de 96 horas, que abrangem o amplo espectro do fazer teatral: iluminação, técnicas de palco e cenografia, atuação, direção, humor, sonoplastia, e dramaturgia.
Os cursos são dirigidos a jovens maiores de 18 anos (com 2º grau completo) e artistas que buscam aperfeiçoar seus conhecimentos na área do teatro. Serão abertas 1.200 vagas, ao ano, sendo 200 para artistas-aprendizes regulares e as demais para artistas-aprendizes dos cursos de difusão cultural.
“A Escola integra as ações de formação cultural realizadas pelo Governo do Estado e irá formar técnicos qualificados como iluminadores, técnicos de som e palco, cenógrafos entre outros”, afirma o Secretário de Estado da Cultura, João Sayad.
Coordenados por Guilherme Bonfanti (iluminação), J.C. Serroni (técnicas de palco e cenografia), Rodolfo García Vázquez (atuação), Hugo Possolo (direção), Marici Salomão (dramaturgia), Raul Barretto (humor) e Raul Teixeira (sonoplastia) – os cursos têm coordenação pedagógica de Alberto Guzik, assessorado por Sérgio Salvia Coelho, e direção de Ivam Cabral.
Em novembro, tem início um concurso público para a seleção e contratação dos professores que irão lecionar na Escola e também as inscrições para o processo seletivo dos artistas-aprendizes. “Com base na experiência profissional dos coordenadores de cada curso, o projeto pedagógico da Escola preparará o artista-aprendiz para os desafios do mercado”, destaca Alberto Guzik.
A proposta da Escola é adequar os estudantes a processos nos quais não haverá predomínio de um diretor, dramaturgo ou ator, mas uma contribuição horizontal e harmônica de cada integrante do projeto. “O artista formado pela Escola vai participar de um universo múltiplo e dinâmico, no qual cada setor dialoga plenamente com o outro”, finaliza o diretor pedagógico.
Os artistas-aprendizes regulares devem cumprir quatro horas de aulas de terça a sábado, durante dois anos. Já os artistas-aprendizes dos cursos de difusão cultural terão quatro horas de aula, uma vez por semana, durante quatro meses. A escola também estará aberta à população que poderá conferir a palestras, debates e workshops.
“Reunimos profissionais de diferentes coletivos teatrais para pensar em uma Escola que atenda às necessidades da classe e, ao mesmo tempo, forme cidadãos conscientes e participativos”, afirma o diretor da São Paulo Escola de Teatro, Ivam Cabral.
Instalações
O prédio da Oficina Cultural Amácio Mazaroppi, onde funcionará a São Paulo Escola de Teatro até sua sede ficar pronta, foi projetado em 1911 para abrigar a antiga Escola Normal do Brás. Depois sediou a Escola Padre Anchieta e hoje, além de ser um patrimônio histórico do Estado (tombado pelo Condephaat em 1988), abriga a Oficina que é responsável pelo resgate da cultura popular e pelo intercâmbio entre artistas com atividades de formação e inclusão cultural voltado para o público amador e profissional.
Com a chegada da São Paulo Escola de Teatro ao local, a Oficina será adaptada para receber cerca de mil artistas-aprendizes, até a sua sede administrativa ficar pronta, no segundo semestre de 2010, na Praça Roosevelt. O imóvel, que passa por reformas, possui mais de 1,7 mil m². No local, além de salas de aula, teatro, auditório, haverá espaço de exposições, biblioteca, camarins, salas multimídia, ateliês, vestiários e espaços para ensaio.
Ações do Governo na área de teatro
O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, desenvolve políticas públicas voltadas para as artes cênicas em seus programas de produção e difusão. Um dos exemplos é o Circuito Cultural Paulista, programa que em 2009, promove 175 apresentações de 45 grupos teatrais em diversos municípios do Estado, até o final do ano. Para 2010, a linguagem predominante do Circuito será o teatro, com o objetivo de aumentar em pelo menos 30% o número de contratações.
Ainda no que diz respeito à difusão, durante a Virada Cultural Paulista, que, em 2009, levou a 20 cidades, 563 atrações culturais a um público de mais de 1 milhão de pessoas, foram apresentadas 87 peças de teatro entre elas Querô, do Folias d’Arte, Ménage com Domingas Person e O Barril com Angela Dip.
A produção teatral também é atendida pelo Programa de Ação Cultural – ProAC, nas suas duas formas de apoio: editais ou incentivo fiscal (ICMS). Com o incentivo do ProAC, atores e diretores não só conseguiram ganhar os palcos, mas também conquistar prêmios importantes como a peça As Rainhas – Duas Atrizes em Busca de um Coração, de Cibele Forjaz, que levou, entre outros, a 21ª edição do Prêmio Shell, deste ano.
Além disso, em parceira com Organizações Sociais de Cultura, são oferecidos os teatros Sérgio Cardoso, Teatro de Dança e o São Pedro na capital, e no interior do Estado, o Auditório Claudio Santoro, o Teatro Procópio Ferreira e o Teatro Estadual de Araras “Maestro Francisco Paulo Russo”, com programação regular de espetáculos.
Mais informações à imprensa:
Approach – Secretaria de Estado da Cultura
Karla Dunder – (11) 2627-8162 – kdunder@sp.gov.br
Ciro Bonilha – (11) 2627-8243 – cbonilha@sp.gov.br
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