quinta-feira, 24 de junho de 2010

Os bonzinhos e "novos" baixaram a bola?

Comentando sobre o "bafo" que está rolando no blog do Enéas Lour. Jogando informações e comentários sobre o histórico da polêmica, fatos novos e fatos anteriores.

O tom dos "iluminados" baixou um pouco, não é? Os "novos" talvez tenham pisado na bola. E, diante da saraivada de vozes contrárias houveram por bem darem cores menos dramáticas ao que pintaram de trágico no cenário teatral curitibano com suas falas.

Dois já se manifestaram, humildes. Não foi bem isso... Eu até tenho contato com os "velhos"... Sou inexperiente ainda, mas... O patrono deles - que é bem jovem, porém articulado e bem amparado institucionalmente - também veio com uma voz humilde. Com cara de menino bonzinho. Até com tom brincalhão, pondo panos quentes, mas, como sempre ocorre joga a polêmica para o colo da Luciana Romagnolli, a autora da matéria e do texto do blog.

Diz ele, o Damaceno: Ficou um tanto "sensacionalismo da mídia”. Meu querido Damaceno, jogar a culpa na Luciana é uma desfaçatez, meu caro. Além de ser infeliz, é infantil, insensível e ingrato. Ela abriu importante espaço para os quatro "iluminados", para o Núcleo de Dramaturgia do SESI Paraná e você, comandante deles, diz que é "sensacionalismo da mídia"?. Pois é da mídia que você precisa, assim como precisou de mim que o socorresse algumas vezes no ano passado, elaborando press-releases e fornecendo fotografias que fiz para você divulgar alguns eventos do núcleo não cobertos pela própria assessoria de imprensa do SESI, não é?

Damaceno, porém, vai além: (...) "Mas vale pela discussão que está gerando". O Núcleo de Dramaturgia que não tem gerado muitas notícias, comentários, informações, discussões acerca do seu trabalho desde o ano passado e na formação de suas turmas neste ano, com a polêmica instalada pós matéria jornalística e num blog da jornalista Luciana Romagnoli, entra em evidência e confirma, a meu ver, o que das palavras do Damaceno tornam patentes o que, no ano passado eu cutuquei, propus, briguei, estimulei e até tive que me indispor (briguei mesmo) com ele (o Damaceno), o Alvim (por tabela) e a Anna Zétola (por ser a anfitriã e a guarda costas ou costa quente do Damaceno usando o poderio da paquidérmica instituição da linhagem do "Sistema S".

Diz Damaceno: "Lembro que um dos redirecionamentos pelo qual o Núcleo passou este ano foi o de permitir o ingresso de autores experientes, contribuindo para a formatação de grupos de estudo e criação mais heterogêneos, com distintas visões sobre a arte, a vida, entendimento de mundo".

Tudo isso, propus no ano passado. Eu criei o meu blog "Estudos de Dramaturgia" para abrir espaço para discussões e estudos fora do espaço da Oficina do Alvim e das demais que o SESI ofereceu. Quando passei a publicar notícias sobre o andamento da Oficina, e do Núcleo, por consequência, tanto o Damaceno quanto a Anna Zétola gostaram do que saía. Mas o Damaceno defendia, no final do ano passado, que grupo de estudo nenhum teria validade pois segundo ele "o importante era o Núcleo". Como o Núcleo - via Oficina - gerava pouca ação espontânea e muito menos a estimulada - traduzida em termos de matérias, entrevistas, comentários, críticas, reportagens, etc - eu fiz minha parte, registrando o que era possível, com textos, fotos, comentários, abrindo arquivos para mostrar os textos produzidos na oficina, mas a contrapartida dos que deveriam ser os principais interessados foi quase nula ou inexistente. E os principais interessados, quem eram? Dentre eles - salvo os poucos que se interessaram - um deles foi o Douglas Daronco, outra a Cynthia Becker, agora morando em São Paulo - estão os quatro "iluminados" que acenderam suas vaidades e, com ela, geraram fogo espontâneo e até fogo amigo contra a "batatadas" que disseram. Fogo amigo, leia-se, comentários não favoráveis e escritos por pessoas diretamente a eles ligados.

Outra batatada do Damaceno do ano passado e que hoje não pode acompanhar mais de perto o trabalho da Oficina, e do Núcleo, portanto, pois está em turnê nacional com o texto "Arvores Abatidas ou Para Luís Melo" (via SESC Nacional) é: (...) "criação mais heterogêneos, com distintas visões sobre a arte, a vida, entendimento de mundo". No ano passado ele rechaçou tudo o que fosse heterogêneo. Ele quis que tudo fosse "contemporâneo" no sentido de seguir a cartilha Sarah Kane de ser e o padrão da "estética da penumbra" do Alvim, evidenciada naquela babação de ovo escrita na revista Bravo! pela Gabriela Mellão, a mesma convidada de jeito sonso e desarticulado que compareceu em evento do Núcleo na abertura do novo ano e durante o festival de Curitiba (sim, o mesmo do teatro). Ela estava naquele evento ao lado do Alvim (para quem ficava babando, embevecida), do Mário Bortolotto (que literalmente estava pouco se lixando e até fez várias gozações com o Alvim) e do sério e deslocado (na situação) professor Walter Lima Torres Neto, da UFPR, que não deve ter gostado nada de se ver na posição de mediador de um debate onde apenas um falava e tinha voz.

Mas voltando ao trabalho do Damaceno. Ele, como dramaturgo não escreveu e encenou sua peça consagrada pelo brilho da Rosana Stávis, digamos assim, com uma cutucada naquele "famoso e maior de todos, ator do Teatro Nacional e que faz até telenovelas"? Se o chefe do Núcleo, o coordenador da Oficina e mentor desses "meninos", gosta de cutucar "os velhos do teatro curitibano", o que se esperar dos "novos", sem ainda uma consolidada carreira e trabalho com a escrita dramatúrgia"? Acha que eles vão ser sempre bonzinhos como apareceram por aqui nos seus comentários? Creio que não. Então, a escola do Damaceno - daí até ele ser o mentor e coordenador do Núcleo de Dramaturgia do SESI Paraná - é porque ele estimula nos seus comandados - Preto (por tabela a Kamis), o Zwolinski e o França (este amigo de sinuca do Alvim) esse tipo de comportamento. Não sei se ele tem o poder de dizer e pedir, façam assim, façam assado. Mas como ele teve o Preto como contratado para a edição dos livros e o início das atividades do Núcleo este ano e como o Preto teve que se dedicar, depois, à produção e montagem do "Lendas Japonesas", ele passou o bastão para outro menino, o Paulo Zwolinski Lissa, que andou fazendo as vezes do Damaceno no atendimento das demandas da Oficina enquanto seu chefe, merecidamente pelo trabalho da Rosana, rodava pelo Brasil.


4 comentários:

  1. Quem não tem nada o que dizer, nada diz.

    ResponderExcluir
  2. Quem não tem nada a dizer, nada diz. E quem não tem coragem, fica no anonimato. Se tem algo a dizer, diga. E mostre sua cara.

    ResponderExcluir