terça-feira, 28 de junho de 2011

Edifício Amor, uma comédia quase romântica

Edifício Amor, uma comédia escrita e dirigida por Pagu Leal

Danilo Avelleda apresenta “Edifício Amor”, uma comédia “quase romântica” e escrita e dirigida por Pagu Leal. Esta peça foi montada pela primeira vez em 2004 e agora conta com o incentivo do Edital de Mecenato Subsidiado de 2010. O texto tem como pano de fundo uma pesquisa realizada pela autora, Pagu Leal, sobre o amor e sua construção no Ocidente: como ele foi contado, analisado e inventado pela tradição amorosa. Um inventario que vem desde o “Banquete” de Platão, que passa pelas elegias romanas, pelas novelas de cavalaria, pelo romantismo alemão e chega aos dias de hoje, com o amor que é cantado pela nossa MPB. O amor que se construiu como um sentimento de incompletude. Este amor que vem, ao longo da história, acompanhado de dor. O amor paradoxal que nos faz feliz, e também, nos faz sofrer. Como nos explica Diotima no Banquete de Platão “O amor é filho da miséria e da fartura, está sempre com fome, mas sempre arruma o que comer.”
Essa nova montagem conta com a participação de Danilo Avelleda, que interpreta o grande arquiteto Longevo e marca o retorno de Silvia Monteiro como atriz, depois de 6 anos atuando como dramaturga e diretora. O elenco ainda conta com a interpretação de Luiz Carlos Pazello, Mevelyn Gonçalves e Juscelino Zílio.

A história da peça Edifício Amor” começa na noite da mudança de Cândida para o Amor. Nefelibata, um velho compositor aposentado, apossou-se do terraço e de lá observa atentamente os outros moradores por suas janelas íntimas, bebe whisky e fala de sua antiga paixão, Amália. Esta, uma escritora que há mais de vinte anos, pôs fim a sua vida em um dos apartamentos deste prédio. Eventualmente, o gênio da mecatrônica Gentil vai visitá-lo neste terraço e com ele, tabula conversas sobre sua platônica paixão por Solicitude, a enfermeira e esposa de Longevo, o idealizador do Amor. Nesta noite Solicitude sobe ao terraço a procura de Gentil. Está muito assustada, pois viu luz no apartamento da suicida Amália.  Solicitude ama Gentil, mas não pode abandonar seu marido Longevo, ancião doente que não fala há mais de dez anos. Enquanto isso, Pitosga, a sindica cega do prédio, procura seu cão Petit que foge do apartamento sempre que pode, com a intenção de fazer Pitosga passear.  Petit, em suas fugas, sempre acaba na lixeira do prédio, onde mora uma gata cruel, que desenvolveu com ele, ao longo de muitos anos, uma relação de amor e ódio.  A luz misteriosa no apartamento de Amália é a vela de Cândida, a nova e misteriosa moradora do Amor.  Mal sabem eles que depois desta noite, este Edifício e seus moradores, jamais serão os mesmos.


Ficha Técnica
Dramaturgia e Direção: Pagu Leal
Direção de Produção: Mevelyn Gonçalves e Juscelino Zílio
Elenco: Danilo Avelleda, Silvia Monteiro. Luiz Carlos Pazello, Mevelyn Gonçalves e Juscelino Zílio
Cenário: Cleverson Oliveira
Figurinos: Ricardo Garanhani
Iluminação: Nadja Naira
Maquiagem e caracterização: Marcelino de Miranda
Sonoplastia e trilha sonora: Cleber Hidalgo e JR Pereira

Serviço
Local: Teatro Barracão EnCena – Rua Treze de Maio, 160 – Centro (próximo ao Teatro Guaíra)
Temporada: de 01 a 31 de julho / quarta a sábado, às 21 horas e domingos, às 19 horas
Ingressos: R$ 20,00 inteira / R$ 10,00 meia entrada / R$ 5,00 preço especial para estudantes da rede pública de ensino.
Gênero: Comédia
Classificação: 14 anos
Duração: 70 minutos

Danilo Avelleda, Juscelino Zilio, Mevelyn Gonçalves, Sílvia Monteiro e
 Luiz Carlos Pazello do elenco de "Edifício Amor", de Pagu Leal

Sinopse

“Edifício Amor” é uma comédia que conta a história de um pequeno e antigo edifício chamado Amor. O Amor fica situado no coração de uma grande cidade. Foi planejado pelo grande arquiteto Longevo e teve seus áureos dias, quando tudo em volta, pessoas e cidade eram outros. Hoje, a localização é perigosa. Pressionado por prédios e arranha céus mais altos e modernos, o Amor resiste. Neste prédio habitam nove moradores que amam de maneiras específicas objetos distintos: o amor a alguém que não está, aos animais, às máquinas, a alguém impossível. Os moradores do Amor são: Nefelibata, Pitosga, Gentil, Solicitude, Longevo, Petit, Gata e Amália. Trazem em seus nomes suas qualidades e, também, o contrário destas qualidades.  Aquilo que é virtude vira defeito e vice e versa. A história se passa na noite em que Cândida muda-se para o Edifício Amor e essa nova moradora, vai mudar a vida de todos para sempre.

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