quinta-feira, 23 de junho de 2011

O direito de me sentir campeão

Em 9 de março de 2011, em frente ao estádio "Urbano Caldeira"
vestindo, pela primeira vez, uma camisa do Santos comprada de um camelô.
Ontem a noite uma alegria imensa me fez lembrar sentimentos vividos na minha infância, adolescência, quando, pelas ondas do rádio, ouvia no interior do Paraná, na cidade de Paranavaí, as vitórias e conquistas da equipe do Santos Futebol Clube e o surgimento de um ídolo imortal, um certo Edson Arantes do Nascimento, aquele que sempre foi Pelé. Ontem, vestido com a camisa do Santos, vi-me no direito de me sentir campeão. 
Ontem, com a vitória de 2 a 1 sobre o Peñarol, do Uruguai, no Pacaembu, o Santos conquistou seu terceiro título da Copa Libertadores da América. Novos ídolos estavam em campo e, distante, diante da tela de um televisor, eu vivia emoções bem maduras e tão gostosas quanto as vividas ao longo dos meus mais de 50 anos como efetivo torcedor do Santos Futebol Clube.
Minha história com o Santos
Nasci em Santos, só nasci. No ano de 1948, no dia 17 de outubro. Estive lá em Santos, na praia do Embaré, na infância e adolescência, poucas vezes, em visitas a meus avós, tias, tios e muitas primas e primos. Quando eu ia a Santos, nos idos dos anos 50 e 60, nunca consegui assistir a um jogo de futebol do Santos na famosa Vila Belmiro. Sempre era época de férias e não havia jogos de futebol. 
Só fui ver o Santos, o grande time de Pelé, quando já era adulto - no começo dos anos 70 - quando fui morar em Piracicaba. E a primeira vez que vi o Santos - em 25 de julho de 1970 - foi numa memorável partida no Pacaembu, quando a equipe santista derrotou, de virada, a equipe da Portuguesa, com um gol de Pelé, o gol de número 1034 e que está entre os mais bonitos feitos pelo nosso imortal "Rei do Futebol". Vi, já adulto, como jornalista, o Santos jogar outras vezes. E sempre foi contra a Portuguesa e sempre em São Paulo. Em Piracicaba, vi vários jogos do Santos, mas era contra o time do XV de Piracicaba, o que, este ano, conseguiu ser campeão da Série B do Campeonato Paulista e, em 2012, voltará para a chamada elite do futebol de São Paulo.
Trabalhando como jornalista e dentro do estádio do Morumbi, em 26 de agosto de 1973 (domingo), assisti ao famoso jogo da decisão do Campeonato Paulista, contra quem? Contra o Portuguesa, lógico! Foi aquele jogo que terminou empatado e que levou a decisão para os pênaltis. O Santos vencia nos pênaltis e, ao marcar o seu último gol, o árbitro Armando Marques, não contou direito os pênaltis batidos e encerrou a cobrança. Faltava mais um pênalti para a Portuguesa, mas o Santos, pela decisão do árbitro, comemorou a conquista do título. Eu estava lá, como jornalista e, óbvio, como torcedor correndo com minha máquina fotográfica para pegar os melhores ângulos da comemoração santista. Saí do estádio e, já a caminho de Piracicaba, ouvi no rádio do carro que a Federação Paulista de Futebol havia decidido declarar campeões o Santos e a Portuguesa pelo erro do árbitro Armando Rosa da Castanheira Marques. Coisas do futebol
Pela primeira vez na Vila Belmiro vendo o Santos
Atrás do gol, na Vila Belmiro, vendo dois golaços do Neymar contra a Lusa
Este ano, dia 9 de março, às 21 horas, na "quarta feira de Cinzas", estava em Santos, visitando amigos e fui, pela primeira vez, ao estádio "Urbano Caldeira",o famoso estádio da Vila Belmiro, para assistir um jogo do Santos. E, a coincidência se repetiu: de novo eu vi o Santos enfrentar, pelo campeonato paulista, o time da Portuguesa de Desportes. Claro, foi vitória do Santos por 3 a 0 e um show do Neymar com dois golaços e outro do lateral Léo. E, pela primeira vez, eu entrava, também, num estádio, para ver meu time jogar em Santos - minha cidade natal - e vestindo a camisa santista.
História do Hino:
Em toda a sua história, O Santos Futebol Clube contou com duas músicas que simbolizam o clube: a marchinha Leão do Mar (Agora quem dá a bola…) e o Hino Oficial do Clube (Sou alvinegro da Vila Belmiro,…).
A marchinha Leão do Mar foi composta por Mangeri Neto e Mangeri Sobrinho e foi cantada a primeira vez após a vitória do Campeonato Paulista de 1955, quando foi quebrado o jejum de 20 anos sem títulos do Santos FC. 
O hino do clube é de autoria de Carlos Henrique Paganeto Roma (ex-conselheiro do clube e filho do ex-presidente Modesto Roma) e foi escrito em 1957. Porém, o Conselho Deliberativo do clube só homologou o hino oficial em 11 de julho de 1996, através de propositura do conselheiro Júlio Teixeira Nunes.

Hino Popular:

Agora quem dá bola é o Santos
O Santos é o novo campeão
Glorioso alvinegro praiano
Campeão absoluto desse ano
Santos, Santos sempre Santos
Dentro ou fora do alçapão
Jogue o que jogar
És o leão do mar
Salve o nosso campeão

Hino Oficial:

Sou alvinegro da Vila Belmiro
O Santos vive no meu coração
É o motivo de todo o meu riso
De minhas lágrimas e emoção
Sua bandeira no mastro é a história
De um passado e um presente só de glórias
Nascer, viver e no Santos morrer
É um orgulho que nem todos podem ter
No Santos pratica-se o esporte
Com dignidade e com fervor
Seja qual for a sua sorte
De vencido ou vencedor
Com técnica e disciplina
Dando o sangue com amor
Pela bandeira que ensina
Lutar com fé e com ardor

O Clube:

Santos Futebol Clube
Santos – SP – Brasil
http://www.santosfc.com.br/

2 comentários:

  1. mais um santista! parabéns pra gente, rogério.
    postei um soneto sobre o peixe lá no meu blog. acho que vc vai gostar...
    www.rodrigo-madeira.blogspot.com

    a lu me repassou o email. a ideia é ótima, vou ler assim que tiver tempo.
    abração.

    rodrigo

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