terça-feira, 6 de setembro de 2011

A cidade, de Martin Crimp, amanhã no Teatro José Maria Santos

No Teatro José Maria Santos, de 7 a 18 de setembro, às 20 horas

Lilyan de Souza, Márcio Mattana, Ana Carolina Lisboa e Letícia Guazzelli
(colagem de fotos de Maia Piva)
Um desespero silencioso acompanhado de uma série de pequenas insatisfações. É assim que o dramaturgo inglês Martin Crimp define a vida urbana em sua peça “A Cidade”, que inicia temporada no Teatro José Maria Santos no próximo dia 7. As personagens – o casal Clair e Christopher, a filha deles e a vizinha – vivem dramas diversos, cada um revelando um pouco dos pesadelos da vida cotidiana nas cidades.

O espetáculo é uma produção da Inominável Companhia de Teatro e fica em cartaz até o dia 18 de setembro. A tradução é de Francisco Innocêncio e a direção de Márcio Mattana.

Criada em 2010, a Inominável Companhia de Teatro surgiu de uma reunião de artistas que tem como foco de seu trabalho a pesquisa e montagem de dramaturgia contemporânea, dedicando-se principalmente à encenação de textos dramatúrgicos inéditos no Brasil. A pesquisa estética da companhia centra-se nas relações entre as poéticas dramáticas da contemporaneidade e o trabalho do ator. A Inominável companhia de teatro é formada pela atriz e produtora Lilyan de Souza, a atriz e diretora Letícia Guazzelli e o dramaturgo e pesquisador Marcelo Bourscheid. A estreia nacional de A Cidade (The City), de Martin Crimp, realizada em parceria com o diretor Márcio Mattana, é o primeiro projeto da companhia.


Sinopse

Clair quer ser beijada, mas não quando faz calor. Christopher consegue um emprego e, para comemorar, quer colocar todos num carro e pegar a rodovia na contramão. Jenny sofre com os seus sapatos e não sabe por que os está calçando. Sob a superfície dos pequenos dramas de uma tradutora, um marido, uma filha e uma vizinha, Martin Crimp cria um enigmático jogo em que os piores pesadelos da vida cotidiana são sutilmente sugeridos, mas jamais chegam a ser completamente revelados.

Martin Crimp

Considerado um dos mais brilhantes autores teatrais britânicos surgidos nos anos 80, Martin Crimp é um sujeito recluso, dono de diálogos ácidos que expõem uma visão seca e crua das relações humanas em tempos de pós-modernidade. Enxerga a sociedade como o lugar da "decadência social, de acordos morais tácitos e de uma violência pouco suprimida", diz o crítico Alex Sierz. Em suas mais de 16 peças, não há espaço para relacionamentos amorosos ou diversão. Formado na St Catharine's College, a mesma onde estudou Tom Stoppard, Crimp passou a ser apontado como o dramaturgo mais inovador da sua geração após a estreia de "Tentativas contra a vida dela" no Royal Court Theatre, em 1997. Traduzida para mais de 20 idiomas, seu texto mais corajoso e inovador chega ao ao Sérgio Porto pelas mãos do diretor Felipe Vidal, que planeja para o ano que vem mais dois textos do autor, "O campo" (The Country) e "A cidade" (The City). (do jornal O GLOBO - ver link abaixo)


Leiam entrevista de Martin Crimp ao jornal O GLOBO - edição de 21 de agosto de 2010, neste link.


Mais sobre A CIDADE, veja neste link.

SERVIÇO

A CIDADE (The City)
de Martin Crimp.

Com Lilyan de Souza, Márcio Mattana, Letícia Guazzelli e Ana Carolina Lisboa.

Tradução: Francisco Innocêncio.
Dramaturgistas: Marcelo Bourscheid e Ana Peixoto.
Trilha e preparação para piano: Grace Torres.
Design gráfico e iluminação: Lucas Mattana.
Cenografia e figurinos: Paulo Vinícius.

Direção de Márcio Mattana.
Realização da Inominável Companhia de Teatro.

Teatro José Maria Santos
7 a 18 de setembro de 2011
(de quarta a domingo)
20h

Um comentário: