quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A história e seus cadáveres insepultos

Os petistas adoram história. Claro, as que eles inventam e patrocinam como se fossem verdade. Alguém do PT teria coragem de escrever um livro sobre os 10 anos da morte do ex-prefeito Celso Daniel? E dar, para o bem do partido, uma versão “oficial” sobre que tipo de envolvimento alguns dos citados tiveram com o caso? Não, ninguém do PT, ou pago por ele, assumiria uma tarefa tão espinhosa, difícil de amarrar um bom e convincente enredo. 


O que os petistas, então, andam fazendo? Defendendo - e comprando como cachaça - o livro do Amaury Martins (Ribeiro) Junior. Aquele que dá uma versão “oficial petista” sobre as privatizações dos governos tucanos. Isso é que é gostar de história, não é? Como ninguém do PT, hoje, quer comemorar ou lembrar ou se envolver na história do assassinato de Celso Daniel, é muito melhor, mesmo, divulgar e defender e fazer fila para comprar o livro “Privataria Tucana”. 


Esse livro é um tipo de “cortina de fumaça” da história para ofuscar, ocultar, desviar a atenção sobre um fato muito mais grave da história política brasileira. Ontem, no Facebook, eu fiz um comentário sobre o livro encomendado e pago por quem deseja apagar a história do histórico personagem petista Celso Daniel. E alguns mais chegados a mim, mesmo com estrelinha presa ou tatuada no peito, vieram de pau, sutilmente, claro. Mas não deixaram de mostrar o que é mais importante para eles. A Verdade, que escondem e não aceitam, eles fogem como o Diabo foge da cruz, mas uma verdade com cara de ser inventada, a que preferem e divulgam, essa eles vibram de insano prazer. 


Sugeri para eles, como tema futuro, talvez até como título de um livro a ser escrito, o seguinte: A QUEDA DO IMPÉRIO PETISTA - Césares e messalinas do PT. Quanto tempo vai demorar para que a verdadeira história do PT seja escrita? Ou teremos ainda mais mortes pela frente até que isso possa acontecer? 


Não desejo que meus netos - todos bem novinhos ainda - venham a escrever sobre o PT, daqui alguns anos. Nem os netos de ninguém. Meu desejo é que nossos filhos - filhos de homens de bem e conscientes que estejam na minha faixa etária - escrevam logo algo mais compatível com a verdade e com a História do PT. Nunca uma versão encomendada e capenga sobre ela. Ou escrita para atacar seus adversários. 


Uma antiga divisa petista apregoou: A esperança venceu o medo. Eu tenho repetido que o que vence o medo é a coragem. E temos que “enterrar” a esperança, mesmo que temporariamente, para focarmos apenas na coragem de enfrentar a Verdade e fazê-la vencedora. 


Não é o que o PT, hoje, com certeza, irá fazer ao lembrar, que há 10 anos, um dos seus próceres morria covardemente e era despojado de toda a sua dignidade, jogado à margem de uma estradinha marginal. Reforço uma estradinha marginal da margem. Emblemático isso, não é? 


O Brasil precisar acordar, enterrar a esperança e vencer o medo de expor a Verdade, com coragem. Apenas com coragem. 


Não deixar cadáveres insepultos jogados na margem de uma estradinha marginal da nossa História.


(Há 10 anos era encontrado o corpo do ex-prefeito Celso Daniel)

2 comentários:

  1. concordo totalmente, rogério. a maioria dos petistas são stalinistas enrustidos: visão totalitária do partido, alérgicos à liberdade de pensamento e afeitos à reescrita descarada da história...

    Os petistas costumam se enxergar como engajados, politizados, militantes, mas não passam de "alienados éticos".

    existe um tipo raro de psicose, só hoje estudada por psquiatras, que provoca na vítima alucinações negativas: em lugar de enxergar coisas que não existem, ela não enxerga - sem ter qualquer problema fisiológico de visão - coisas que estão diante dela e de todos.
    se não fosse cara-de-pau e falta de coragem mesmo, como vc bem escreveu, esta "alienação ética" tz fosse uma doença digna de comiseração.

    torçamos para que o STF julgue e condene joseph dirceu e sua corja ainda este ano, antes que seus crimes prescrevam (se bem que - voltando à atuação do pt no episódio celso daniel- até onde sei assassinato não prescreve).

    abç.

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  2. Bom termo o "alienado ético", prezado Madeira. Os petistas precisam deixar a cara de pau de lado. Precisam de cipó de aroeira no lombo! E lembrando o bordão daquela canção dos anos 60: É a volta do cipó de aroeiro no lombo de quem mandou dar! Pois é, metaforicamente falando, cipó no lombo de quem mandou dar. Ou de quem mandou matar, quem sabe. Mas um cipó ético, processual, limpo, correto. O cipó da justiça que não fica de quatro nem se acovarda diante de milhões de notas de um dinheiro sujo. Cipó de aroeira neles!

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