Samuel Beckett
Enquanto esperamos, não Godot, mas alguém mais desafiador e frustrante que ele próprio, que tal conhecer um pouco mais de um tal Samuel Beckett?
A edição 142 da revista CULT traz uma matéria (Dossiê) sobre Samuel Beckett . O texto pode ser acessado na versão digital da revista, na parte inferior da página
Também pode ser lido, diretamente, no link onde os diretores Rubens Rusche e Gerald Thomas comentam sobre a obra de Beckett.
Sobre a importância de Beckett para a história do teatro, Rubens Rusche respondeu:
Rubens Rusche - A partir de 1953, com a encenação de Esperando Godotem Paris, com direção de Roger Blin, tem-se o nascimento de um tipo de teatro radicalmente novo, o surgimento de uma nova escrita cênica. Isso se torna mais evidente com as encenações de Fim de Jogo, em 1957;A Última Gravação, em 1959; e Oh, que Belos Dias, em 1961.
Percebe-se aí uma constante, e cada vez mais radical, redução das dimensões espaciais do drama e de seus elementos básicos, ao lado de uma ruptura com a estrutura linear da ação, que passa a ser moldada de forma circular. O uso do palco vazio ou de aposentos sem mobília aponta para um retorno consciente ao teatro como teatro, em que cada gesto e palavra tornam-se agora importantes, com referências aqui e ali ao próprio palco, à plateia e aos elementos internos de uma peça. Nenhuma tentativa é feita no sentido de criar uma ilusão da realidade: a peça não é mais sobre alguma coisa, mas sim a própria coisa, um mundo que reflete a si mesmo.
A importância de Beckett para a modernidade é assim tratada por Gerald Thomas:
Gerald Thomas - Beckett é o mais importante dramaturgo do século 20. Não há ninguém que chegue perto. É um tremendo erro categorizá-lo de "teatro do absurdo" (como fez Martin Esslin). Não há ninguém que tenha criado uma marca própria, com personagens, linguagens e estilos próprios, como Beckett.
Amanhã, dia 22 de dezembro de 2009, comemora-se os 20 anos da morte de Samuel Beckett.
A biografia de Beckett pode ser lida neste link:
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