sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Da "pá virada"

Há tempos eu estava querendo confirmar se o autor do livro encomendado “A Privataria Tucana” era filho de um antigo conhecido meu - nos idos de 1968-69. Hoje, finalmente, confirmei. 

Sim, é filho de um ex-professor e ex-delegado de Ensino na cidade de Loanda, interior do Paraná. Eu conheci o Júnior, em 1968, quando ele era um menino de seis anos. Em 1969, acompanhei seu pai numa viagem a Londrina para ver uma feira agropecuária. Antes, passamos por Cambé, onde morava seu avô, pai de sua mãe. Hoje, vendo as fotos do Amaury Ribeiro Junior, lembrou-me muito seu pai, Amaury Martins Ribeiro.

Na época a família morava na cidade de Santa Cruz do Monte Castelo, vizinha a Loanda, no noroeste do Estado do Paraná, muito próximo do rio Paraná e o Mato Grosso do Sul. A família Martins Ribeiro, no final dos anos 70 mudou-se para Campo Grande, onde montaram um restaurante. Não tive mais contato com o Amaury pai, mas seu filho é muito parecido com ele naqueles idos do final dos anos 1960.

Estou escrevendo isso apenas para informar sobre as origens familiares desse jornalista que, acredito, infelizmente, não deve agradar, com seu comportamento e as escolhas que tem feito, à sua família. Sim, ele é um premiado jornalista, ganhador de dois prêmio Esso. Sim, investigou crimes e até foi baleado num episódio no entorno de Brasília.

Mas pelos caminhos que ultimamente ele tem trilhado, pelas confusões em que se meteu, pela gente com a qual ele trabalha e defende e pelo modo como faz acusações, infelizmente eu não reconheceria nele, a figura do seu pai, um homem afável, um pouco agitado eu me lembro, mas como a gente diria à época, um “boa praça”.

Como jornalista e como pessoa a gente sempre faz escolhas. Mas já faz tempo em que ser isento, não tomar partido, era típico no comportamento dos jornalistas. Claro, não falo na postura dos donos de jornais, mas dos jornalistas mesmo. Aqui, lembrando o pai do autor desse livro polêmico, por ter cara de ter sido não só encomendado, mas financiado por aliados e pelo próprio PT, lamento muito que ele tenha feito escolhas que eu, como jornalista, como pai, como cidadão não teria coragem de fazer. Que me desculpe o pai dele, mas o Júnior não é um “boa praça”. Como dizíamos também naquela época, o Júnior é da “pá virada”.

Reconheço, também, que na política não há "santos". Mas os pecados cometidos pelo pessoal do PT e sua base aliada, meu Deus do Céu! Infelizmente aquele menino moreninho e meio gordinho que eu conheci, há mais de 40 anos, bandeou-se para um lado não muito "santo" de nossa política. Infelizmente.

Aqui, retorno, como jornalista, como escritor, para relatar um causo. O causo de um menino, do menino que conheci, que, hoje, aos meus olhos, é um menino da "pá virada".

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