“Não tenho medo de lutar, mas temo as regras que não conheço.”
Fala do personagem O C L I E NTE em
“Na Solidão dos Campos de Algodão”, de Bernard-Marie Koltès
Iniciado
em março de 2009, o Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná foi lançado – com pompa e
circunstância – com alguns objetivos e, dentre eles, pode-se destacar o que
aparece em primeiro lugar: “Criar um núcleo de desenvolvimento e
aperfeiçoamento de dramaturgos, que se torne referência na área teatral
brasileira”. O núcleo paranaense nasceu dois anos depois do núcleo paulista,
surgido em outubro de 2007, também do SESI, e contando com o mesmo apoio do
British Council.
Com
objetivos similares ao do núcleo paulista, o lançado no Paraná, no entanto, excluiu
um dos objetivos originais propostos por São Paulo. E, talvez, ali, nesta omissão,
esteja a origem de um problema que, ao longo dos últimos três anos – de março
de 2009 a dezembro de 2011 – o Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná tenha
projetado e, por consequência, consolidado.
O
que dizem os cinco objetivos do núcleo paulista?
Objetivos principais (São Paulo)
·
criação de um núcleo de descoberta e
desenvolvimento de novos textos para as artes cênicas que seja referência
nacional para novos autores;
·
oferecer um processo de excelência de longo
prazo focado no aprimoramento da escrita de novos talentos em dramaturgia e
outros textos criativos para artes cênicas;
·
incentivar a criação de dramaturgias que
expressem novas visões de mundo, linguagens e experimentações estéticas;
·
promover oportunidade para que se desenvolvam e
tornem-se conhecidos textos oriundos de talentos de comunidades que têm pouca
expressão midiática;
·
estabelecer um intercâmbio dos autores
brasileiros com dramaturgos internacionais.
Quais
seriam os objetivos similares (o do Paraná se inspirou no de São Paulo, claro)
do Núcleo de Dramaturgia do SESI Paraná?
São
estes:
Objetivos principais (Paraná)
·
Criar um núcleo de desenvolvimento e
aperfeiçoamento de dramaturgos, que se torne referência na área teatral
brasileira;
·
Oferecer um processo de excelência de longo
prazo focado no aprimoramento de talentos em dramaturgia e outros textos
criativos para artes cênicas;
·
Incentivar a criação de dramaturgias que
expressem novas visões de mundo, linguagens e experimentações estéticas;
·
Estabelecer um intercâmbio dos autores locais
com dramaturgos de destaque no cenário nacional e internacional.
Está
lá, no quarto item dos objetivos estabelecidos pelos paulistas aparece:
“Promover
oportunidade para que se desenvolvam e tornem-se conhecidos textos oriundos de
talentos de comunidades que têm pouca expressão midiática”.
Claro
está que, para os idealizadores do núcleo de São Paulo, a promoção de
oportunidades para que se desenvolvam e tornem-se conhecidos textos oriundos de
talentos “de comunidades que têm pouca expressão midiática”, a generalização
com o uso do termo “comunidades” poderá ser entendida por “grupos, coletivos,
aglomerados” de teatro e similares, mas, também, por alguma entidade solitária
ou individual que, não estando nem em um grupo, nem num coletivo teatral, tenha
muitas dificuldades de poder mostrar, expor ou tornar acessível o seu trabalho
dramatúrgico, no caso, um texto teatral mesmo, visto que possui “pouca
expressão midiática”, ou seja, que não tem facilidades nem está acessível ou
disponível junto aos vários veículos de comunicação.
De
março a dezembro de 2009, o primeiro grupo de participantes “iniciantes” do
Núcleo de Dramaturgia do Paraná – eram cerca de 38 inscritos – e que foram
distribuídos em duas turmas – da tarde e da noite, participaram de encontros
quinzenais (foram de 16 reuniões) sob a orientação do autor e diretor Roberto
Alvim, que foi contratado para comandar as atividades dos interessados em
desenvolverem seus dotes dramatúrgicos.
Há
que se destacar, também, que uma comparação entre os dois conjuntos de
objetivos dos dois núcleos (de SP e do PR), logo no primeiro, observa-se um
pequeno desvio no do seu similar paranaense. Se no núcleo paulista,
privilegiava-se a “descoberta e desenvolvimento de novos textos para as artes
cênicas” as quais passariam a ser uma “referência nacional para novos autores”,
o do Paraná, talvez mais ousado – e o foi mesmo, em várias oportunidades – não
se daria atenção para a “descoberta e desenvolvimento”, mas para o “desenvolvimento
e aperfeiçoamento”, aquele de São Paulo voltado para “texto”, o do Paraná, para
dramaturgos. Vai além. O núcleo paulista propunha tornar-se “referência
nacional para novos autores”. O similar paranaense queria mais e propunha atingir
posições mais arrojadas, ou seja, que se tornasse “referência na área teatral
brasileira”.
Enquanto
os paulistas tratavam especificamente de “textos” dramatúrgicos, os paranaense desejam ir além, já que se propunham a trabalhar
não com meros textos, mas com personificações, com seres, com gente, com
pessoas, com “dramaturgos”. Em São Paulo, descobrir e desenvolver textos para
as artes cênicas. No Paraná, para desenvolver e aperfeiçoar escritores de
textos dramatúrgicos. Uma diferença fundamental de objetivos. Um, o de São
Paulo, com foco no texto – o produto autoral, as peças teatrais, as
experimentações; o outro, o do Paraná, com foco claramente personalista, no
autor, no escritor, no dramaturgo, não no seu texto, não na sua pesquisa, não nos
seus estudos, mas no autor com foco em si mesmo.
Há
de se notar, também, que nos segundos objetivos – não menos importantes nesta
análise e que corroboram e comprovam as sutis diferenças entre os dois núcleos
de dramaturgia focalizados, onde um queria chegar e onde o outro também queria
e, por estar mais perto da minha visão e crítica, chegou efetivamente.
Está
lá, então, o que aparece no segundo objetivo. Diz o de São Paulo: “Oferecer um
processo de excelência de longo prazo focado no aprimoramento da escrita de
novos talentos em dramaturgia e outros textos criativos para artes cênicas”.
Focado, como enfatiza o texto, no “aprimoramento da escrita de novos talentos”.
E o que diz e onde se acentua, talvez não tão sutilmente, mas claramente, o
segundo objetivo do Núcleo paranaense?
Vejamos.
Aparece assim: “Oferecer um processo de excelência de longo prazo focado no
aprimoramento de talentos em dramaturgia e outros textos criativos para artes
cênicas”.
Bem,
os demais objetivos comparativamente entre os de São Paulo e os do Paraná, são
iguais. E prestam-se a dar aquela aura de sonho aos dois projetos em seus
respectivos objetivos.
Ao
longo do processo de trabalho desenvolvido por Roberto Alvim nos encontros
quinzenais que ele comandava junto a suas duas turmas – a da tarde e a da noite
– foi-se estabelecendo uma divisão, a princípio sutil, mas, com o passar do
tempo, acentuou-se a ponto de serem duas turmas distintas, muito distintas
mesmo. Na preferência, como se verificou no final do ano de trabalho, de uma em
detrimento a outra, tanto por parte do Roberto Alvim, como pelo então coordenador
do Núcleo, o também autor e diretor Marcos Damaceno, o que fazia a ponte, o
intercâmbio entre o que de prático acontecia nas atividades da Oficina, do
Núcleo, portanto, com a direção, com a política estabelecida – via objetivos do
Núcleo, claro – pela Anna Zétola, a responsável pelo projeto junto ao SESI PR.
Não
vale a pena repetir o que ficou claro, quando, no final do ano de 2009, foram
escolhidos os textos dos dramaturgos participantes a serem publicados e os que
passariam por uma pequena prova de palco, com suas leituras dramatizadas e com
um, apenas um, a ser encenado. Houve uma inequívoca preferência pelos textos
dos autores da “turma da noite”. Quem se der ao trabalho, vai poder conferir e
comprovar em termos numéricos, quais foram os autores publicados e quantos
desses eram da “turma da noite” e quantos eram da “turma da tarde”. O que
poderíamos chamar de “filé mignon” ficou para a “turma da noite”. Para a “turma
da tarde”, depois de algumas sutis cobranças que andei fazendo à época, as respostas
foram minimamente ampliadas.
Ative-me,
no entanto, a comentar apenas e mais detalhadamente sobre os primórdios do
Núcleo de Dramaturgia, da efetiva participação que tive nos encontros da
Oficina de Dramaturgia com Roberto Alvim, no ano de 2009, com alguns eventos transitados
nos primeiros meses de 2010, quando, por força de minha exclusão – fui defenestrado
mesmo – do grupo de participantes do Núcleo de Dramaturgia por vontade e
decisão conjunta do Marcos Damaceno, da sua chefe Anna Zétola e, por tabela, pelo
que considero gesto de omissão, típico papel de Pôncio Pilatos, que o Alvim
teria praticado. Isso ainda não está claro para mim, completamente. Mas,
minimamente, Alvim absteve-se de manifestar-se, no começo de 2010, quando uma
lista de inscritos para o segundo ano de atividades da Oficina de Dramaturgia
foi construída e onde, nela, aparecia, pelo menos, um nome que não viria a
participar e que foi, este nome, a desculpa para que minha participação não
pudesse ter continuidade no trabalho de estudo e de dedicação à escrita
dramatúrgica dentro do Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná.
Quero
aqui destacar e aproveito para também cobrar algumas explicações que a
diretoria do SESI Paraná – a antiga não poderá, é claro se manifestar – mas a
atual, a que sucedeu a anterior e vinculada ao ex-presidente da FIEP, Rocha
Loures, poderá, caso julgue necessário esclarecer algumas coisas e faço com
base no que estava e está escrito numa minuta, depois transformada em contrato
de cessão de direitos sobre textos dramatúrgicos escritos durante a Oficina de
Dramaturgia do SESI Paraná em 2009.
Para
tanto, vou colar abaixo parte do texto do CONTRATO que o SESI Paraná
estabeleceu com os autores que integraram o Núcleo e a Oficina de Dramaturgia
por ele patrocinado.
Entenda-se
como CEDENTE, os autores. Como CESSIONÁRIO, o SESI Paraná.
Vai,
aqui:
CLÁUSULA PRIMEIRA – Do objeto
O presente contrato tem por objeto a cessão dos
direitos patrimoniais de autor, pelo Cedente ao Cessionário,
referentes à obra acima citada.
Parágrafo Primeiro: O CEDENTE declara expressamente que a
cessão dos direitos patrimoniais de autor prevista no caput desta cláusula é efetuada sem caráter de exclusividade e por prazo determinado, não sendo
imposta ao CESSIONÁRIO qualquer
restrição de uso, podendo este utilizar o material objeto do presente
instrumento em sua integridade, isolada ou em conjunto com outros cujos
direitos patrimoniais de autor sejam de propriedade do CESSIONÁRIO, incluindo os direitos
de edição, tradução, publicação, reprodução por qualquer processo ou técnica,
distribuição, utilização direta ou indireta da obra por
meio de representação, recitação ou declamação, radiodifusão sonora
ou televisiva,
exibição audiovisual, cinematográfica ou por processo
assemelhado, e inclusão em base de dados, armazenamento em computador,
microfilmagem e demais formas de arquivamento do gênero.
Parágrafo Segundo: O
CESSIONÁRIO poderá disponibilizar o conteúdo do trabalho referido na
cláusula primeira, caput deste instrumento, de forma total ou parcial, no
site www.sesipr.org.br,
aos seus próprios funcionários e também a terceiros, seja para consulta, download
e/ou impressão para uso privado, sempre sem intuito de lucro, sendo vedada sua
utilização para qualquer outra finalidade, como por exemplo, reprodução,
distribuição, edição, comunicação ao público e comercialização.
Parágrafo Terceiro: O CEDENTE
se compromete a não divulgar, de forma total ou parcial, a obra objeto deste
contrato antes do seu lançamento oficial pelo Núcleo de Dramaturgia do SESI/PR,
previsto para ocorrer no Festival de Teatro de Curitiba, edição 2010, e, também
se compromete a utilizar a seguinte frase de crédito ao Núcleo de Dramaturgia
do SESI/PR, pela produção da obra, no material de divulgação, toda vez que for
publicada, lida ou encenada: “Peça escrita durante a Oficina Regular do
Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná, sob orientação de Roberto Alvim, no ano de
2009”.
Parágrafo Quarto: A presente cessão abrange os territórios
nacional e internacional.
Vale
agora perguntar, se é que alguém vai se dispor a responder minhas indagações.
Vamos
às perguntas:
1
– O que o SESI Paraná fez e o que fará com os textos produzidos pelos
integrantes da Oficina de Dramaturgia que não foram nem publicados, nem
encenados, nem participaram de leituras dramáticas?
2
– Por que o SESI Paraná, até agora, não apresentou, nem publicou, nem tornou
pública e acessível em seu site – ou no site do Núcleo de Dramaturgia – TODOS os
textos produzidos na oficina de dramaturgia do ano de 2009, 2010 e os de 2011?
3
– Porque o SESI Paraná, em 2009 e começo de 2010, omitiu a totalidade de textos
produzidos na referida Oficina de Dramaturgia, não citando nem autores, nem os
títulos das peças (textos dramatúrgicos) que eles produziram?
4
– Quais foram os critérios adotados, à época, para que mais textos da turma da
noite fossem publicados, lidos e encenado, e não, de forma justa e equilibrada,
para atender, também aos textos produzidos pela turma da tarde da referida
Oficina de Dramaturgia?
5
– A quem coube a palavra final para a escolha dos textos a serem publicados à
época? O Roberto Alvim indicou os textos, o Marcos Damaceno aprovou e a Anna
Zétola deu a autorização final? Ou a ordem, na cadeia de aprovação, foi outra?
6
– Por que motivos que até agora não se publicaram – de forma impressa, em
livros – os demais textos produzidos durante a oficina de 2010?
7
– O SESI Paraná poderá divulgar a lista completa de todos os participantes e
quais foram as contribuições efetivas que cada um dos integrantes das oficinas
e suas turmas – da tarde, da noite, de iniciantes e de avançados, em 2009 e
2010, e agora os de 2011 – tiveram. Quem foram os participantes e quais os
trabalhos efetivamente realizados por cada um?
8
– O SESI Paraná, por ser uma entidade que recebe verba oriunda de receitas de
sindicatos e, estes, por tabela, recebem dinheiro público de contribuintes,
assalariados, deve ou não deve tornar pública e transparente as informações
sobre as atividades do seu Núcleo de Dramaturgia, com relatórios precisos e
completos sobre o que efetivamente aconteceu em seus encontros a partir de
março de 2009 e até este dia 13 de dezembro, quando se encerrou o terceiro ano de suas atividades?
9
– A Anna Zétola poderá explicar quais foram os reais motivos que fizeram com
que Marcos Damaceno, até então coordenador do Núcleo e da Oficina de
Dramaturgia patrocinada pelo SESI Paraná, anunciasse sua saída?
10
– Quais serão os caminhos, quais serão os objetivos específicos, não apenas
gerais, do Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná para os próximos anos? Quais serão
as ações a serem empreendidas a partir de janeiro de 2012?
11
– Quem vai responder pela coordenação do Núcleo de Dramaturgia e quem será o
coordenador da Oficina de Dramaturgia em 2012?
12
– O SESI Paraná consultou, pesquisou ou entrevistou os seus integrantes para
avaliar, com cada um, de forma individual e numa análise coletiva, quais os
resultados que foram verificados e percebidos ao longo dos três anos de atividades
em que o Núcleo de Dramaturgia e sua oficina de dramaturgia tiveram sob o
comando do Roberto Alvim e do Marcos Damaceno?
13
– O Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná vai continuar atuando de forma a
privilegiar pessoas (dramaturgos) ou vai privilegiar o efetivo trabalho destes,
ou seja, seus textos, suas peças teatrais, seus textos e contribuições para as
artes cênicas?
14
– O contrato que eu assinei com o SESI Paraná, com relação ao trabalho que fiz
em 2009 na Oficina de Dramaturgia poderá me ser entregue e assinado para que eu
guarde entre minhas memórias – legais e afetivas – de minha participação no
Núcleo de Dramaturgia?
Assim,
com o exposto acima, espero que os interessados e a opinião pública possam
conhecer um pouco da minha inquietação sobre “O legado, o delegado e o negado” dentro
das atividades do Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná e sua Oficina de
Dramaturgia.
Rogério Viana
A revolta de Rogerio está, sobretudo, em não ter tido seu trabalho escolhido e publicado. É verdade que a seleção final das peças da primeira leva de alunos é questionável (pois atendia a gostos particulares), mas o trabalho de Rogério era um dos mais fracos entre as 2 turmas.
ResponderExcluirTalvez o "anônimo" tenha tido a coragem de comentar minha revolta por ser "anônimo". Se ele considera que meu trabalho era um dos mais fracos entre as duas turmas - e isso não sou eu que vou contrapor pois não se pode comparar dramaturgias diferentes - com certeza ele leu. E se leu não teve a coragem - outra vez o anônimo tem mais peso em sua postura - de apontar, criticamente, o que eu havia escrito, eu, de minha parte, não tenho medo até de publicar sua opinião, embora a veja com as ressalvas evidentes de que a atitude anônima (tem uma certa covardia em atirar uma pedra e esconder a mão, não é?)não seja de minha preferência. Se dei a cara para bater - e dei várias vezes no Núcleo e no blog, neste que publico - o autor deste comentário deixa muito claro qual é o seu lado. E o lado dele, para mim, é o lado de alguém que foi privilegiado por integrar a "panela do Damaceno". Ou, no mínimo, ter sido conivente com os desmandos que sempre aconteceram lá na Oficina da qual ele sugere que tenha participado. O que o querido "anônimo" não tem a coragem de contrapor, com fatos, não com seu viés de opinião de "pau mandado", que a turma da noite foi, sim, privilegiada. Que dela, sim, foram escolhidos os textos para a encenação, as leituras. E que, desde modo e de um modo equivocado, ao meu ver, o Núcleo de Dramaturgia considerou haver dois tipos de autores nas duas turmas: uma de eleitos (já saindo como consagrados dramaturgos) a turma da noite e, a turma da tarde, a de refugados, os de segunda classe. Resta-me saber, no entanto, se esse "anônimo" tiver a coragem de declarar quem é, se ele, por sua vez, escreveu alguma coisa, se produziu algum texto, se cumpriu como devia ter cumprido, o compromisso de entregar um texto seu. Tenho que confessar aqui, que gostei de alguns textos do Núcleo dos que tive acesso, claro. Mas não posso falar dos que não pude ler, inclusive aqueles textos que sequer foram escritos e submetidos à apreciação dos demais integrantes das turmas. Mas eu não estou revoltado, meu caro anônimo. Estou, apenas, resgatando algo que, pela saída do Damaceno e a do Alvim da coordenação do Núcleo e da Oficina de dramaturgia, respectivamente, tenho o direito de resgatar e o faço à luz de fatos, do que aparece escrito e do que meu entendimento alcança. Além, é claro, do inalienável direito que tenho de não concordar com o que foi feito e do jeito como foi feito e que todos vocês, aliados naquela "panela do Damaceno" souberam, muito bem, calar-se. Ou, se se manifestaram, o fizeram sempre para estar do lado de quem detinha o poder de vetar a presença e a participação de interessados no estudo, na pesquisa e no desenvolvimento de textos de teatro. Quero fazer de suas palavras as minhas, também. Afinal você tão bem resumiu: É verdade que a seleção final das peças da primeira leva de aluno é questionável (pois atendia a gostos particulares)... Seu texto foi publicado ou foi preterido? Se tiver coragem de sair do anonimato, responda. Se não... bem... não vou ser grosseiro. Mas minhas opções de complementar meu texto e minha frase são inúmeras.
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