sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Um enredo impossível de se transformar em realidade

Pois é… o futuro a Deus pertence,não é Pertence? Claro que, pelos meus poucos dotes e milhões de defeitos nunca integraria uma comissão como esta presidida pelo Sepúlveda Pertence, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal. Mas, na minha mais absoluta falta de aptidão pelos trâmites da Justiça, se por uma obra do impossível fosse apenas um integrante do staff de servidores de cafezinhos e água às reunião da dita comissão de ética, eu, diante do absurdo pedido de Dilma pelo papel com a lista de malfeitos do ministro Lupi, jogaria meu paletó, minha gravatinha borboleta, minha camisa branca sobre a mesa dessa comissão e solenemente declararia: 

Vocês estão de brincadeira? Façam como eu: demitam-se imediatamente. 

A Dilma precisa levar uma peitada dessas. Para o bem do Brasil. Mas não uma peitada de um homem que apenas serve cafezinhos. 

Ou a tal comissão se presta apenas para tomar cafezinhos de vez em quando?

Cinema, justiça e ética

Ah, a cena que criei do homem do cafezinho se indignando com a falta de vergonha e de coragem, com a falta de ética e de hombridade da tal comissão de ética do Palácio do Planalto, fez-me lembrar do filme CONDUTA DE RISCO (George Clooney e outros) onde o personagem do advogado Arthur Edens, interpretado pelo sempre brilhante Tom Wilkinson, surta numa audiência e tira sua roupa, caindo em si diante do que ele – tardiamente – descobriu ser uma afronta à ética e à Justiça, um processo que prejudicava milhares de pessoas e apenas era bom para um grande corporação. 

Clooney, que faz outro advogado (personagem Michael Clayton) especializado em limpar as sujeiras de clientes poderosos, e enfrentando dificuldades pessoais quase insolúveis, mais uma vez terá que acobertar a verdade para garantir os interesses dos outros. Em apenas quatro dias, que ele verá na sua frente a sua última chance de lutar pela verdade, mesmo que isso signifique colocar a sua vida em risco.

Será que vamos ter, um dia, um enredo com um final tão positivo e importante para a história brasileira, quanto o estrelado no cinema pelo George Clooney? Acho muito difícil alguém reconhecer-se refém da instituída corrupção brasileira e rebelar-se. Muito difícil. Mas temos que aprender a enxergar mais possibilidades de positivas reações catárticas em nossas vidas, que nas obras de ficção.

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