segunda-feira, 12 de abril de 2010

Comecei a escrever um nome e surgiu o seu

Mas as duas letras, dos dois nomes estão na
mesma linha de teclas. Separadas por duas letras.

Comecei a escrever um nome e surgiu o seu. Havia pensado nele antes? Não. Não? Não. Um nome é só um nome. É? Pode ser. Pode? Sim. Sim? Como surgiu meu nome, então? Comecei a escrever um nome e surgiu o seu. Não havia pensado nele. Nem se seria um nome de mulher. Poderia ser um nome de homem. Talvez fosse de algum antepassado. Seria de um filho, ou de um neto. Comecei a escrever um nome e surgiu o seu. É apenas o que posso dizer neste momento.

A primeira letra foi por puro acaso. O dedo deslizou para o lado esquerdo. Era uma letra que estava no território direito do teclado. Minha mão direita deslizou para a esquerda, quase no limite da última letra que tenho que digitar com meu dedo indicador da mão esquerda. Você não está sendo correto. Não. Meu nome não começa com nenhuma letra que está no lado direito do seu teclado.

Assim, não podia ter escrito meu nome com seu dedo indicador da mão direita. Nem poderia ser com qualquer outro dedo dessa mão. Você se esqueceu que eu escrevo, melhor dizendo, que eu digito com todos os dedos das duas mãos. Sou de tempos em que as pessoas tinham aula de datilografia. Hoje ninguém quase pratica a datilografia. Hoje todos digitam, apenas. Uns só com dois dedos.

O indicador de uma mão e o indicador da outra. Eu, não. Eu digito, datilografo, com todos os dedos e o dedão é usado para acionar a barra de espaço. Quando estou digitando palavras com a mão esquerda, a barra é acionada com o dedão da direita. Quando há palavras com a mão direita, eu posso usar a tal barra com a mão esquerda. Entendeu? Agora você tem um referencial maior para saber que seu nome foi escrito conforme eu disse.

O nome de sua mãe você escreve com que mão? E o do seu pai? De suas irmãs? Dos seus filhos, dos seus netos, da sua mulher? Com qual mão? A mãe, o nome da mãe é digitado com a mão direita. O pai, com a esquerda. Mas as duas letras, dos dois nomes estão na mesma linha de teclas. Separadas por duas letras. Uma do meu nome e a outra do nome do meu avô materno. Interessante é que o nome do meu avô paterno também está na mesma linha de teclas.

Sim, mas e meu nome? Não explicou. Expliquei sim. Meu dedo indicador da mão direita deslizou para o lado esquerdo do teclado e... pronto. Aparecia a primeira letra do seu nome. Não é uma letra, para mim, comum para nomes femininos. Conheço poucas mulheres cujos nomes comecem com essa letra. Letra que está ao lado da letra do nome de minha filha do meio. Por coincidência, veja só – é só pular mais três teclas que tem a primeira letra do nome da minha filha mais velha.

Os nomes, quando nascem, são difíceis da gente explicar. Meu nome, eu sei. Era o nome do avô do meu pai. E meu pai foi além, juntou o nome do avô dele com o nome do meu avô, o pai dele, entendeu? Então tenho o nome do meu bisavô e do meu avô. E o sobrenome do meu avô materno, na verdade, um sobrenome emprestado pelo padrinho do pai de minha mãe, que na família dela foi utilizado apenas por ela e por outra filha mais nova do meu avô.

Não tenho registro de nenhum outro neto do meu avô materno que tenha o mesmo nome que o meu. Mas sei que tenho um primo que tem o mesmo nome que meu avô materno, mas ele não usa o sobrenome dele e sim o sobrenome que meu tio, irmão de minha mãe, usa. Nomes são coisas de família. Há muitos nomes que aparecem por influência de nomes de artistas ou de jogadores de futebol. Hoje em dia é muito comum utilizar nomes de personagens de telenovelas. Já não vejo, mais, a citação de personagens de livros.

Antigamente as famílias usavam, tinham costume, de usar nomes de personagens de livros. Hoje... bem, fiquei sabendo que o porteiro do meu prédio registrou o nome da filha dele com o nome de uma daquelas moças que ficavam balançando a bunda num desses programas de televisão. Não que ele gostasse da moça, ou da bunda dela, mas gostou do nome. Como? Não, não registrei o nome, mas também não me lembro da bunda da tal moça, que, aliás, nem sei que cara tem.

Foi difícil completar o meu nome? Olha, tenho que confessar que foi. Pois, até agora, ainda não sei se a segunda letra dele seria com essa ou com aquela outra letra. Mas o som, dependendo da pronúncia, poderia ser o mesmo. Ou não. Terei que pesquisar melhor. Ah! Agora você me confundiu! Não, por favor. Não entenda assim. Não é que eu esteja confundindo-a. Apenas não sei mesmo explicar como foi que apareceu seu nome e nem qual a referência dele para existir.

Você acredita que nossa mente percorra caminhos que sequer imaginamos possíveis? Sim, é mesmo! Tem vezes que estou pensando uma coisa e basta colocar o dedo no tal teclado que surge uma letra, depois vem outra, há um espaço, outras letras. E pronto! Surgiu um primeiro parágrafo. Comecei a escrever um nome e surgiu o seu.

E, aqui, tenho que terminar, pois eu sei que há poucas pessoas interessadas em saber por que cargas d´água eu comecei a escrever a frase e antes de surgir um nome surgiu isso que agora eu termino. O nome? Quer mesmo saber? Olha, eu não sei se depois da primeira letra “H” vem um “a” ou um “e”. Se você me ajudar, hei de contar uma história a partir dele. Um abraço e até outro dia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário