terça-feira, 16 de março de 2010

Bombeiro ou programa de prevenção de incêndios?

Atuar como bombeiro? Nem de brincadeira!

Quando você vê um incêndio de grandes proporções no prédio de uma empresa ou numa residência, o que você pensa?

Claro, pensa em ligar imediatamente para um bombeiro, não é? Liga, o bombeiro atende, faz as anotações e, minutos depois, uma viatura da valorosa corporação chega ao local e inicia seu trabalho, sempre com muita eficiência.

Quando a gente pensa antes no trabalho do bombeiro e menos no trabalho de prevenção de incêndios, fica muito claro que, mesmo com a chegada dos bombeiros num tempo muito rápido, alguma coisa importante vai queimar, vai se perder. Não importa o quanto seja pronta a chegada da viatura vermelha dos bombeiros.

Se uma empresa ou uma família pensar seriamente em certos cuidados para evitar a ocorrência de incêndios, se for feito um planejamento bem orientado, dificilmente vai acontecer um incêndio e mesmo que venha acontecer, tudo foi tão bem pensado e orientado que o incêndio será prontamente atacado e, nesse caso, talvez a presença do bombeiro seja apenas para registrar mais uma ocorrência que não causou prejuízo maior.

Quando você tem necessidade de comunicar alguma coisa - um evento de teatro, por exemplo - não vai chamar um bombeiro. Está certo? Nem vai pedir, em casos extremos, que um bombeiro voluntário venha socorrê-lo. Sabe-se que bombeiros voluntários por mais interessados e esforçados que sejam, dificilmente farão bem e com bons resultados, o trabalho que um bombeiro profissional faria. Até por uma questão lógica. Um bombeiro voluntário não teria o equipamento adequado nem o conhecimento e a vivência necessários para levar a bom termo sua missão.

Quando você tiver um incêndio, não deve chamar um jornalista para apagá-lo. Afinal, jornalistas gostam de trabalhar com pautas bem elaboradas e realizar matérias dentro de sua especialidade ou editoria. Um jornalista não vai, nunca, conseguir apagar um incêndio, mesmo que tenha, ao longo de sua vida profissional, escrito notícias sobre os mais diferentes tipos de incêndio. Para acabar com um grande incêndio, chame um bombeiro experiente. Para cobrir - ou noticiar um incêndio - chame um jornalista. Para apagar um incêndio, claro, chame o bombeiro. Afinal, jornalista não é bombeiro, nem de brincadeira.

Moral da história: Quando você quiser que seu evento - de teatro, de música, de cinema, de dança, de artes plásticas, só para ficar no campo das artes - tenha uma boa cobertura da mídia, faça um bom planejamento e mantenha contato permanente com sua assessoria de imprensa. Ela vai saber informar os principais veículos da sua cidade e do seu estado, até junto a imprensa nacional, se for o caso, quais são as principais características do evento programado e que, no caso de uma peça de teatro, vai ser encenada em tal teatro, com tal diretor, com os atores, produtor, figurinista, cenógrafo, iluminador, preparador vocal, além de informar os horários das sessões, os dias e outras informações necessários para uma boa e eficiente divulgação.

Eu sou jornalista. E, confesso, nunca quis trabalhar como bombeiro. Nem de brincadeira.



Nenhum comentário:

Postar um comentário